Defesa de Cachoeira critica acesso a documentos em sala-cofre de CPI

Na sexta, os advogados entraram com um novo pedido de adiamento

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Com 15 mil páginas de documentos e cerca de 90 mil áudios gravados pela Polícia Federal, a sala-cofre da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira tem dado trabalho não só aos parlamentares que investigam as relações do bicheiro, mas também aos advogados de defesa. Com tanto material, eles argumentam que não há condições do contraventor depor à comissão na próxima terça-feira.

Na sexta, os advogados entraram com um novo pedido de adiamento de três semanas do depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). A petição, que também foi encaminhada à CPI, pede ainda autorização para que sejam feitas cópias dos documentos para serem analisadas no escritório dos advogados, e não apenas na sala-cofre.

Na intenção de derrubar os argumentos dos advogados, que alegam falta de acesso aos documentos para preparar a defesa, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), autorizou a entrada dos advogados na sala-cofre, inclusive no fim de semana, das 9h às 20h. No entanto, nenhum advogado havia aparecido na sala da CPI até a tarde deste sábado.

Durante a semana, apenas dois advogados foram ao Congresso consultar os autos. Na primeira visita, ficaram apenas meia hora na sala. Em outra ocasião, cerca de duas horas e meia.

Em entrevista ao Terra, a advogada Dora Cavalcanti, que chefia a equipe de defesa ao lado do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, explicou que não há qualquer intenção em atrapalhar os trabalhos da CPI ou de adiar os resultados das investigações.

"Ir ou não no fim de semana não faz diferença alguma em termos de conhecer as provas, dado que o universo de documentos é imenso. Não existem ferramentas de busca. Existem "n" arquivos que não conseguimos abrir", reclamou a advogada.

Dora também criticou o que alguns dos parlamentares da CPI já acusaram. Há inconsistência de dados entre os dez computadores que foram colocados na sala-cofre para consulta aos documentos. "A técnica que nos foi dar apoio disse que a máquina não conseguia ler um certo trecho. Fomos para outro computador e constatamos que o acervo de documentos tinha discrepância entre um computador e outro dentro. Sem termos acesso aos documentos na íntegra, em meio físico, montar uma defesa em um prazo tão curto é brincar de faz-de-conta", afirmou.



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