Defesa de Rodrigues diz que tese da compra de voto é ilógica

Braga disse que o alinhamento entre PL, que agora se chama PR, e o PT é natural.

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A defesa do ex-deputado Carlos Rodrigues afirmou nesta segunda-feira (13) aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que a tese do Ministério Público Federal de que o PL teria recebido dinheiro para votar com o governo Lula é "absolutamente inverossímil" e ilógica.

Segundo o advogado Bruno de Mascarenhas Braga, o ex-deputado, que é conhecido como Bispo Rodrigues, "não praticou qualquer crime e não fez parte de qualquer organização criminosa".

Braga disse que o alinhamento entre PL, que agora se chama PR, e o PT é natural por conta de acordo nas eleições de 2002. Ele disse que o dinheiro recebido era dívida de campanha.

De acordo com a defesa, seu cliente contratou serviços para divulgar no Rio de Janeiro a campanha de Lula no segundo turno, em 2002, e fez pagamentos em espécie porque os contratados tinham origem humilde.

O advogado afirma que foram fechados, entre outros, a compra de santinhos, impressão de jornais, aluguel de caminhão de som.

"São pessoas de comunidades, não tem como pagar com cheque, são extremamente humildes, pagou em espécie", disse.

O advogado disse que Rodrigues recebeu um bilhete manuscrito do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) para ir buscar o dinheiro no Banco Rural, mas sem saber que se tratava de uma agência bancária.

"Ele jamais negou o recebimento dos R$150 mil. Esse montante veio do PT com destinação absolutamente diferente do imaginado pela acusação. Foram para pagar dívidas de campanha das eleições de 2002."

O deputado é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, ele recebeu R$150 mil do valerioduto para votar a favor do governo. Rodrigues teria solicitado que um motorista de outro deputado fosse sacar os recursos.

Em 2005, em meio ao escândalo, ele renunciou ao mandato parlamentar para evitar a cassação. A defesa rejeitou a tese do Ministério Público Federal de que havia relação entre pagamentos a base aliada e votações importantes no Congresso.

"Não houve oferta de vantagem lícita ou ilícita em qualquer votação na Câmara", afirmou.

Braga disse que o apoio do PL ao governo era natural porque o ex-vice-presidente José Alencar, morto no ano passado, era do partido.

"Anormal seria o Partido Liberal votar contra os interesses do governo, do qual ele mesmo fazia parte. O alinhamento do PL com o PT era esperado e necessário."

Ele citou que vários parlamentares deram depoimentos negando a existência do mensalão.

"Todos, sem uma única exceção, afirmaram que não houve oferta de vantagem lícita ou ilícita em troca de posicionamento favorável ou desfavorável ao governo."



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