Deltan Dallagnol defende Moro, ataca Lula, PGR e ministros do STF

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) usou seu Twitter na noite desta segunda-feira (17) para defender o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), que foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de prisão, nesta segunda por conta de um vídeo que veio à público na última sexta-feira (14), em que o ex-juiz aparece afirmando que iria “comprar um habeas corpus” do ministro do STF Gilmar Mendes.

Em sua conta do Twitter o deputado Deltan Dallagnol classifica a ação da PGR como inepta e absurda, além de afirmar que a decisão “contraria o comportamento do próprio PGR em outros casos, denotando alinhamento com governo Lula em clara perseguição ao ex-juiz e à Lava Jato”.

Em seguida o parlamentar publica mais 10 tweets em sequência elencando pontos para afirmar que: foi uma brincadeira de Moro, não há crime, a denúncia é inepta, foro é incompetente, falta de apuração, dois pesos e duas medidas e finaliza classificando a ação como revoltante.

Nessa sequência de tweets, Deltan Dallagnol acrescenta ataques e acusações à própria PGR, a ministros do STF e ao presidente Lula. “Queria uma PGR eficiente assim na Lava Jato”, diz, ao apontar que “a denúncia teve uma eficiência tremenda de 3 dias, sem depoimentos”. Em seguida, destaca que o ministro Gilmar Mendes “caluniou e injuriou os procuradores da Lava Jato várias vezes” e questiona se “o PGR vai denunciar em 3 dias também?”

Dallagnol também cita Lula, colocando-o como quem deu o sinal para “f**er Moro”, e insinuando que a ação da PGR é uma armação que inclui ainda o juiz titular da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, Eduardo Appio, e o ministro do STF Ricardo Lewandowski. Citando finalmente que o juiz e o ministro “resgataram o caso fraudulento de Tacla Duran”.

O deputado e ex-procurador da Laja Jato, pontua que Moro é vítima de uma conspiração do “sistema”, que está apontando que “se vingará”. Em seguida, faz seu último ataque, dessa vez ao procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmando que o PGR estaria fazendo de tudo para ser reconduzido ao cargo pelo presidente Lula, inclusive, apresentando essa denúncia, que seria “sem fundamento e completamente absurda”.