DEM troca seu comando e tenta controlar mais saídas

Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deve deixar o partido

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O DEM realiza nesta terça-feira (15) convenção nacional, em Brasília, com o objetivo de pacificar a legenda, apaziguar as disputas de poder entre seus grupos políticos e tentar conter uma sangria em seus quadros.

A convenção deveria ocorrer apenas no final do ano, mas foi antecipada a fim de resolver a crise causada pela disposição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de deixar o DEM e fundar uma nova legenda, o Partido da Democracia Brasileira (PDB).

Integrantes do DEM já dão como certa a saída de Kassab. O líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto, disse que o partido terá uma perda de quadros, mas que será pequena. "A gente considera que [a saída de integrantes do partido] vai ser pequena. São quadros que não têm relevância no partido e não vai nos prejudicar. São adesistas de plantão que estão buscando fazer parte da base de apoio do governo", afirmou.

Kassab avisou que não vai à convenção. Ele alegou ter compromissos em São Paulo para não comparecer ao encontro. "É natural a não presença dele na convenção por causa dos últimos movimentos dele, como a criação do novo partido", disse ACM Neto.

Troca

Ao fundar o PDB, o prefeito poderia driblar a regra da fidelidade partidária e promover a fusão do novo partido com o PSB. Kassab foi convidado a ingressar no PSB, mas a regra da fidelidade partidária impede a troca de partidos no exercício do mandato. Com a criação do PDB, Kassab estaria livre para deixar o DEM sem ser punido pela Justiça Eleitoral e posteriormente poderia promover a fusão com o PSB. Uma vez no PSB, o prefeito disputaria o governo de São Paulo em 2014.

O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e os deputados federais Guilherme Campos (SP), Junji Abe (SP), e Eli Corrêa Filho (SP) são apontados como futuros integrantes da nova legenda. Afif diz pertencer a um grupo "rejeitado" pela direção do partido.

A senadora Katia Abreu (TO) estaria estudando a possibilidade de aderir ao novo partido, mas com as mudanças feitas na Executiva do DEM , decidiu aguardar. A senadora será uma das vice-presidentes do partido. Contatada, a senadora pediu que a reportagem ligasse depois de alguns minutos, mas desde então ela não atendeu mais ao telefone.

O senador José Agripino Maia (RN), que assumirá a presidência nacional do DEM nesta terça, durante a Executiva Nacional do partido, afirmou que com sua eleição a crise no DEM está "debelada". Segundo ele, poucos deputados devem deixar o partido junto com Kassab.

"A única coisa que existe é a saída, não confirmada, do prefeito de São Paulo, só isso. Ouvi falar que a senadora Katia Abreu deixaria o partido. Falei com a senadora hoje e ela permanece. Falei com a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera. Também não deixará o partido. O mesmo vale para o governador de Santa Catarina [Raimundo Colombo]", afirmou Agripino.



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