Dilma admite que juro pode subir, mas manterá níveis “aceitáveis” no Brasil

“Reduzir os juros para patamares menores não significa que ele não suba e não desça, não suba e não desça”

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Em evento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) na noite desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff deu destaque à situação macroeconômica do país, enfatizando a redução das taxas de juros para patamares que avaliou como aceitáveis. A presidente ressalvou que essa redução não significa que os juros não voltem a descer ou a subir.

"Reduzir os juros para patamares menores não significa que ele não suba e não desça, não suba e não desça. Ele vai continuar subindo e descendo, mas ele vai fazer isso num nível mais adequado para os padrões internacionais", declarou.

A presidente disse também que o país precisa crescer "em ritmo acelerado", mas de forma sustentável. Ela destacou que o país tem situação "fiscalmente estável" em comparação a outros países cuja relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) é maior que a do Brasil.

Em razão disso, afirmou a presidente, o país tem de ser competitivo. "Somos um país estável que está procurando o caminho do crescimento estável", afirmou Dilma. Ao citar as desonerações sobre a folha de pagamento de diversos setores, a presidente justificou ser necessário reduzir o custo da mão de obra "sem demitir ninguém".

Dilma também disse aos prefeitos que é necessário garantir o controle da inflação, o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a estabilidade das contas fiscais do país.

A afirmação foi uma resposta à pauta apresentada pelos gestores municipais. A presidente disse que tentará atender "ao máximo" aos pleitos dos municípios, mas não toda a pauta dos prefeitos.

"Garanto que as contas fiscais brasileiras sejam estáveis, eu tenho de garantir também que a inflação nesse país esteja sob controle. Então eu tenho um orçamento dado e regras bem claras. Não posso criar despesa sem apontar receita, e isso cria para o governo federal regras bem claras de gestão dos recursos públicos", afirmou a presidente.

Ela cobrou empenho dos gestores municipais na execução de projetos e na desburocratização desses processos. "Cumprir prazos no Brasil tem que virar obsessão. Prazo foi feito para ser cumprido, não existe gestão sem prazo", afirmou a presidente.

Dilma disse ainda que a população brasileira está "cada vez mais ficando espaçosa e esperta". Ao fazer uma avaliação positiva dessa situação, Dilma disse ser essa uma evidência de que o país está se tornando uma "nação desenvolvida".

A presidente Dilma Rousseff exaltou as parcerias mantidas pelo governo federal com os municípios, citando áreas como habitação, saúde e educação.

"Tenho especial atenção para a questão das prefeituras e vocês podem ter certeza que terão, ao longo do meu governo e do meu mandato, um governo propenso e disposto a parcerias", afirmou a presidente, após enumerar ações em áreas como educação, saúde e habitação.

Dilma cobrou mais eficiência dos gestores municipais, inclusive para "simplificar a vida dos cidadãos na relação com nossos governos". A presidente exaltou a condição de país democrático e as relações republicanas entre os três entes federativos.

"Esse relacionamento, de forma republicana, é algo que só engrandece os agentes públicos aos olhos do país, e isso de fato é fazer política com P maiúsculo. Isso é o que significa, de forma efetiva, utilizar os recursos públicos", afirmou a presidente.

A presidente disse também ser importante contar com a atuação de governos estaduais e municipais para assegurar que o Brasil alcance a condição de país com população predominantemente de classe média. De acordo com Dilma, sempre que "a roda da economia avança", e o mesmo acontece com "a roda da sociedade", novos anseios são criados.



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