Rio20: Dilma se reúne com líderes mulheres por “chamado de ação”

Presidente se defende de críticas defendendo “multilateralismo”

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Michelle Bachelet (centro), comandou o evento da Cúpula das Mulheres Líderes ao lado de Dilma Rousseff (esquerda) e Laura Chinchilla (direita) | Alexandre Durão/G1
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A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (21) um "chamado para ação" junto com outras líderes mundiais para alertar para a contribuição feminina na concretização dos objetivos de desenvolvimento sustentável. O encontro "O futuro que as mulheres querem" ocorreu na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e teve a participação, entre outras, da presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, da Lituânia, Dalia Grybauskaitè, e da diretora da ONU Mulheres e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, muito elogiada por Dilma pelo pioneirismo na liderança feminina na América Latina.

A presidente brasileira reforçou a necessidade de abordar o tema no âmbito do novo paradigma ambiental, discutido na Conferência. "A Rio+20 nos apresenta a possibilidade e o desafio de incorporar os direitos das mulheres como dimensão crucial e estrutural do processo de desenvolvimento sustentável. Sem isso não atingiremos os objetivos que nos trazem ao Rio de Janeiro", disse ela.

Dilma falou ainda sobre as conquistas brasileiras no tema, afirmou que, no programa Bolsa Família, 93% dos cartões de transferência de renda estão nas mãos de mulheres e enfatizou o papel cada vez mais masculino nas tarefas domésticas: "A expansão [das mulheres] em quase todas as sociedades deve também ser acompanhada pelo correspondente engajamento dos homens nas tarefas domesticas e no cuidado de filhos e filhas e demais familiares. Um trabalho invisível, mas que precisa ser compartilhado e reconhecido."

Ao final da fala de Dilma, mulheres da plateia levantaram cartazes a favor do direito e saúde reprodutivos, em protesto contra a exclusão da expressão "direitos reprodutivos" em um dos parágrafos do documento final da Conferência, que será apresentado aos chefes de Estado para assinatura nesta sexta-feira.

Segundo organizações não-governamentais, o termo foi retirado por pressão de países muito religiosos e usado como moeda de troca na barganha por outros aspectos do texto.



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