Eduardo Cunha apresenta mais de 20 recursos repetidos no Supremo

Toda a ação é para ganhar tempo no STF.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A vida não anda nada fácil para o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O político ainda não foi julgado pela Operação Lava Jato, mas já vem sendo derrotado no Supremo Tribunal Federal, começando pela aceitação de duas denúncias que é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.

A sua longa lista de perdas vem na mesma proporção dos recursos que apresenta. Nos processos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, foram encontrados pelo menos 23 recursos ou pedidos repetidos, o que significa ganho de tempo para seu cliente. O número pode ser maior, porque há ações que correm em segredo de Justiça.

Somente na semana passada foram apresentados três recursos: dois na terça-feira e um na segunda. Na Lava-Jato, Cunha é réu em dois processos, foi denunciado em outro e é investigado em mais três inquéritos. Há ainda contra ele um pedido de abertura de inquérito e um pedido de prisão formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Um dos recursos da última terça-feira foi contra a decisão tomada na semana passada pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no STF. Teori negou pedido de Cunha para que a ação de improbidade administrativa aberta contra ele não fosse julgada pela Justiça Federal do Paraná. O recurso, assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Alvaro da Silva, Rodrigo Santos Valle e Alberto Malta, praticamente repete a argumentação do pedido original: Cunha, como presidente da Câmara, deveria ser julgado pelo STF e não pela primeira instância, que determinou o bloqueio dos bens do deputado e a quebra de seu sigilo fiscal.

O outro recurso protocolado na terça foi contra a decisão tomada na semana anterior pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, que negou pedido de Cunha para circular livremente nas dependências da Casa e, assim, abordar outros parlamentares. A defesa diz que isso é importante para ele poder se defender no processo que poderá levar à cassação de seu mandato na Câmara. A proibição de circular livremente pela casa é uma consequência da decisão do STF que, em maio, afastou Cunha do exercício do mandato e, consequentemente, da presidência da Câmara. O documento é assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Alvaro da Silva e Fernanda Reis.

Na segunda-feira da semana passada, esses mesmos quatro advogados já tinham apresentado recurso na ação penal em que Cunha é réu por suspeita de ter recebido propina de US$ 5 milhões relativa a um contrato da Petrobras para aquisição de sondas. A defesa reiterou um pedido que já tinha sido negado antes por Teori: o de dobrar o prazo de defesa.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES