Empresário que mandou funcionárias filmarem voto vai pagar R$ 150 mil

Ruralista e Ministério Público do Trabalho (MPT) assinaram Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Avalie a matéria:
Empresário terá que pagar que pagar indenização de R$ 150 mil | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O empresário do setor do agronegócio Adelar Eloi Lutz, que mandou funcionárias colocarem “o celular no sutiã” para filmarem o voto na urna eletrônica durante as eleições, assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), que apura o caso.

Empresário é multado em R$ 150 mil

O objetivo do ruralista, que atua no oeste da Bahia, era que elas comprovassem que votaram conforme imposição dele.

Em um trecho, ele afirmou: "Tinham cinco [funcionários que não concordavam], dois voltaram atrás. Das outras 10 que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram nas eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja. Vai filmar, senão, rua".

Adelar Eloi ainda revelou que duas mulheres, que não aceitaram a ordem, o procuraram para dizer que vão filmar os votos no segundo turno. "Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova, que nós contratamos de novo”, afirmou.

Segundo o  acordo, assinado na terça-feira (25), Adelar terá que fazer uma retratação pública, reforçando o direito de liberdade de voto, além de pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 150 mil. O dinheiro deverá ser depositado em até 30 dias na conta do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad).

Conforme o órgão, os recursos serão destinados para projetos que fortalecem o trabalho digno na própria região onde o empresário tem diversas propriedades de grande porte. Ele é do município de Formosa do Rio Preto.

Ele recebeu prazo de 48 horas, a contar da assinatura do termo, para publicar nas redes sociais um vídeo em que esclarece que assediar trabalhadores é uma prática ilegal. Além disso, terá que orientar todo trabalhador que se sentir constrangido pelo patrão a denunciar o caso ao MPT.

No TAC, o ruralista se compromete a atender dez obrigações, entre as quais a de não incitar o assédio eleitoral, não ameaçar empregados que não votem em determinado candidato e não orientar o voto deles. Em caso de descumprimento, ficou estabelecida multa de R$ 50 mil por cada item descumprido.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES