Temer diz que 'trama' impediu votação da reforma da Previdência

Ele fez uma espécie de balanço desde que assumiu a Presidência

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O presidente Michel Temer (MDB) disse nesta terça-feira (16), em Curitiba, que uma "trama" impediu a votação da reforma da Previdência durante o governo dele.

Temer esteve Associação Comercial do Paraná (ACP) para receber a homenagem "Cidadania ACP". O presidente discursou por aproximadamente uma hora e fez uma espécie de balanço desde que assumiu a Presidência da República.

Durante o discurso, o presidente disse, ainda, que a reforma é inevitável e que é preciso equiparação entre setor público e privado, além de corte de privilégios.

“Nós estávamos com os votos contados na Câmara Federal e no Senado Federal para aprovar a reforma da Previdência, mas houve uma trama aí que impediu exatamente em função dos privilégios. As pessoas acham que não podem perder privilégios e aí não perde, basta, evidentemente, colaborar um pouco mais. E eu acho que ela é inevitável”, afirmou o presidente.

Segundo o presidente, o déficit da Previdência, neste ano, supera os R$ 180 bilhões, e a previsão para o ano que vem é de R$ 218 bilhões.

“O país não aguenta, o país não suporta. Em um dado momento, nós só vamos ter dinheiro para pagar”.

Temer afirmou que a reforma visa tirar os privilégios. Segundo ele, a reforma faz é a uma equiparação entre o setor privado e o setor público.

O presidente citou que nem todos precisam se aposentar com o teto pago pela Previdência Social atualmente – R$ 5.645. Aquele que ganham mais, para ter um benefício maior, terá que colaborar mais.

“Qual é a aposentadoria da Previdência Social hoje? R$ 5.645. Então, todos vão se aposentar com R$ 5.645. Mas, pergunto, eu que ganho R$ 33 mil, mas eu tenho que me aposentar com R$ 5 mil? Não. Você pode se aposentar com R$ 33 mil, mas vai ter que colaborar um pouco mais”.

Temer complementou dizendo que esta ideia de igualdade é determinada pelo texto constitucional.

Ao longo de 2017, o governo federal tentou votar mudanças nas regras de aposentadoria, mas acabou desistindo em fevereiro deste ano. Considerada polêmica, a medida não encontrou apoio entre os parlamentares, que costumam evitam temas controversos em ano eleitoral.

Próximo presidente

Ainda durante o discurso, Temer afirmou que se o presidente eleito este ano estiver disposto, ele pode conversar sobre esta reforma da Previdência.

De acordo com o presidente, após os estudos no Congresso, seriam dois meses e meio para tentar votar a proposta.

“Mas volto a dizer: vai depender da vontade do presidente eleito. Se houver esta colaboração, nós podemos fazer o país avançar ainda mais”.

“Se o presidente eleito estiver disposto, vai depender disso, nós vamos ao congresso, chamamos os líderes e vamos conversar sobre essa matéria. porque ela, a reforma da previdência, está formatada, pronto para ser votada”, disse.

Em outra ocasião, em setembro deste ano, o presidente afirmou que pretende aprovar a reforma após as eleições.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES