Em 7 pontos, entenda a polêmica das pedras preciosas e Rolex de Bolsonaro

A CPI revelou que o ex-presidente teria sido agraciado com presentes de luxo, por intermédio de seu ex-ajudante de ordens

Novas descobertas | Dida Sampaio
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Novas informações inspiradas durante os trabalhos da CPI de 8 de janeiro, aspiraram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria sido agraciado com presentes de pedras preciosas. Os parlamentares da comissão tiveram acesso a trocas de e-mails que indicam que o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, teria tentado vender um relógio Rolex que foi dado ao ex-presidente em uma viagem à Arábia Saudita, o que levou o caso a ser investigado pela Polícia Federal (PF).

Bolsonaro usou suas redes sociais para compartilhar uma notícia sobre o assunto, enfatizando que a imprensa entrevistou um advogado de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, que afirmou ter sido o doador das pedras. No entanto, o ex-presidente não mencionou o nome da deputada da comissão que o acusou de calúnia.

Leia Mais

Entenda o que se sabe até o momento:

Descobertas da CPI

Os parlamentares tiveram acesso a e-mails entre funcionários da ajudância de ordens da Presidência, sugerindo que Bolsonaro teria recebido um envelope e uma caixa contendo pedras preciosas em outubro de 2022, destinado à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). Nas mensagens, o ex-assessor Cleiton Henrique Holzschuk menciona que Cid solicitou que as pedras não fossem registradas e que fossem entregues diretamente a ele.

Identidade do doador

O advogado Josino Correia Junior, morador de Teófilo Otoni, afirmou que foi ele quem apresentou Bolsonaro. Segundo o advogado, o conjunto de pedras semipreciosas consiste em topázios azuis, citrinos (pedras amarelas) e prasiolitas (verdes), acomodadas em um utensílio. As quatro pedras de cada tipo custam R$ 400.

Valores das pedras

Comerciantes de Teófilo Otoni informaram que o quilate do topázio azul varia entre US$ 7 (aproximadamente R$ 35 na cotação atual) e US$ 15 (cerca de R$ 73), dependendo do tom de azul da pedra. O quilo do citrino é negociado na cidade por valores entre R$ 20 e R$ 30, enquanto o da prasiolita varia de R$ 10 a R$ 30. Uma pedra do tamanho de uma moeda de R$ 0,10 custaria em torno de R$ 200.

Ação da CPI

Os parlamentares solicitam à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma investigação sobre a origem e o paradeiro das pedras. Eles questionam se Bolsonaro cometeu o crime de peculato, uma vez que não há registro das pedras na lista oficial de 1.055 itens recebidos pelo ex-presidente durante seu mandato.

Investigação sobre Mauro Cid

Documentos revelados indicam que Cid tentou vender um relógio da marca Rolex recebido por Bolsonaro durante uma viagem à Arábia Saudita em 30 de outubro de 2019. O relatório da CPI aponta que Cid trocou mensagens com Maria Farani, ex-assessora do Gabinete Adjunto de Informações do gabinete pessoal de Bolsonaro. A PF abriu uma investigação sobre o caso.

Situação do ex-ajudante de ordens

Cid é alvo de investigação no STF e em outras instâncias, incluindo o caso das joias enviadas ao ex-presidente por autoridades sauditas. Ele está preso desde maio por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Um relatório do Coaf movimentou movimentações atípicas em sua conta e projeções de lavagem de dinheiro em remessas de R$ 367 mil aos EUA.

As joias sauditas recebidas por Bolsonaro

Em abril, o ex-mandatário e Cid prestaram depoimento sobre as joias recebidas de autoridades sauditas. Bolsonaro aceitou que os itens eram presentes para sua esposa, Michelle, e tentou reavê-las, mas os objetos haviam sido registrados, negando irregularidades. O TCU determinou que as joias fossem entregues à Caixa Econômica Federal para serem guardadas até o termo das negociações.

Saiba mais em: Meionorte.com



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES