Em crise diplomática, Israel e cúpula da ONU trocam acusações

O governo israelense respondeu com veemência, reiterando que seus alvos nunca são civis.

Em crise diplomática, Israel e ONU trocam acusações | Reprodução
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Israel e a cúpula da ONU trocaram acusações nesta terça-feira (10), evidenciando a tensão internacional. A ONU fez um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu cumpra as regras internacionais, evitando ataques contra civis, e alertou que o cerco a Gaza poderia configurar um crime de guerra.

O governo israelense respondeu com veemência, reiterando que seus alvos nunca são civis. No entanto, dados divulgados pela ONU indicam que a operação de resposta de Israel já atingiu 5,3 mil edifícios, resultando em 187 mil deslocados e deixando 610 mil palestinos sem acesso a água potável. Além disso, o abastecimento de energia é adequado apenas para fornecer luz por três horas diárias em Gaza.

A ONU está em negociações para estabelecer um corredor humanitário que permita a entrega de alimentos e remédios à população da região. Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) denuncia que a ofensiva israelense atingiu hospitais, ambulâncias e resultou na morte de enfermeiras.

A crise diplomática começou quando o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, fez num apelo às potências para que tomem medidas para neutralizar a situação de "barril de pólvora" em Israel e Gaza. Para ele, a lei humanitária internacional e a lei internacional de direitos humanos devem ser respeitadas em todas as circunstâncias.

"Estamos enfrentando uma situação explosiva de barril de pólvora. Sabemos como isso acontece, repetidamente - a perda de vidas israelenses e palestinas e o sofrimento incalculável infligido a ambas as comunidades", disse Türk.

"Todas as partes devem respeitar o direito humanitário internacional. Elas devem cessar imediatamente os ataques que tenham como alvo civis e os ataques que possam causar mortes e ferimentos desproporcionais a civis ou danos a objetos civis."

O alto comissário disse estar "profundamente chocado e estarrecido com as alegações de execuções sumárias de civis e, em alguns casos, horríveis assassinatos em massa por membros de grupos armados palestinos".



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