Em Paris, Lula garante zerar desmatamento e manter a Amazônia de pé

Presidente defendeu a preservação da Amazônia e cobrou financiamento dos países ricos.

Presidente Lula discursa em evento em París | Reprodução TV Brasil
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presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou de discursar, em Paris, nesta quinta-feira, 22, durante o Festival PowerOurPlanet. Lula foi convidado pela banda Coldplay a participar do evento, que reúne apresentações musicais e discursos de líderes mundiais.No seu pronunciamento, Lula reafirmou o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, e disse que fará "todo e qualquer esforço" para "manter a floresta em pé". 

No seu discurso, Lula foi aplaudido e afirmou que a América do Sul tem oito países amazônicos. "Abrigamos 400 povos indígenas que falam 300 idiomas. A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e responde por 40% das florestas tropicais do planeta", disse, enfatizando que a região representa 6% da superfície total da terra e tem o rio mais caudaloso do planeta.

O presidente disse ainda que a Amazônia é responsável por 10% das plantas e animais existentes do mundo e chamou a atenção que 87% da matriz energética brasileira é limpa e renovável, enquanto a média mundial é de apenas 27%. "50% da energia que consumimos no Brasil é renovável e no resto do mundo esse valor é apenas 15%", declarou.

Lula lembrou do compromisso assumido em sua posse, no dia 1º de janeiro, de zerar o desmatamento na região até 2030 e disse que vai ser muito duro contra toda e qualquer  pessoa que pretende derrubar uma árvore na Amazônia, que considera um território soberano do Brasil, mas ao mesmo tempo, ela pertence a toda humanidade. 

"Por isso faremos todo e qualquer esforço para manter a floresta em pé e queria terminar convidando vocês que ouvem falar da Amazônia todo dia, que acham que a Amazônia é o pulmão do mundo, para comparecer ao Brasil em 2025, quando receberemos o COP 30, num estado da Amazônia para que todos tenham oportunidade de conhecer de perto o ecossistema da Amazônia, a riqueza da biodiversidade, a magnitude dos nosso rios e possam compartilhar com os brasileiros da preservação da nossa floresta", disse.

O presidente ressaltou a responsabilidade dos países ricos para que possam financiar os países em desenvolvimento que tenham reserva ambiental, como o Brasil e declarou, em seu discurso, que não foram os africanos e os latino-americanos que poluíram o mundo. "Quem poluiu o planeta foram aqueles que fizeram a revolução industrial e por isso têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta", disse o presidente brasileiro.

 "Na verdade, quem poluiu o planeta nestes últimos 200 anos foram aqueles que fizeram a revolução industrial e, por isso, têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta Terra", afirmou. Após o evento, o presidente Lula foi recebido por Emmanuel Macron, presidente francês, no Palácio do Eliseu,  para um jantar com participantes da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global. 

Os presidentes Lula e Macron mantêm boa relação e desde 1º de janeiro, o governo francês tem se reaproximado do Brasil. Os dois presidentes conversaram por telefone em janeiro e se reuniram em maio, no Japão, durante reunião do G7. Eles ainda têm um encontro agendado para esta sexta-feira, para reunião bilateral.  O presidente Lula planeja abordar temas relevantes, como o combate ao desmatamento, a guerra entre Rússia e Ucrânia e também os pontos divergentes que emperram a validade de acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.



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