Estudantes de medicina simulam masturbação em jogo feminino; políticos reagem

Em um vídeo que circulou nas redes sociais, mais de 20 homens aparecem correndo pela quadra com as calças abaixadas

Estudantes de medicina simulam masturbação em jogo feminino | Reprodução/Internet
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Acadêmicos do curso de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), localizada em São Paulo, foram desqualificados de uma competição esportiva entre universidades do curso conhecida como "Intermed" após protagonizarem uma cena de mau gosto durante uma partida de vôlei feminino no sábado, 16 de setembro.

Em um vídeo que circulou nas redes sociais, mais de 20 homens aparecem correndo pela quadra com as calças abaixadas, encenando uma espécie de "Volta Olímpica" enquanto tocam suas partes íntimas. Em outra gravação, os estudantes são vistos na plateia assistindo ao jogo feminino e simulando comportamentos inapropriados.

Conforme reportagem do portal Uol, publicada em 2022, a prática tornou-se uma "tradição" realizada pelos internos. Todavia, a ação do grupo de estudantes pode ser enquadrada no art.215 do Código Penal como crime de importunação sexual, com pena de 1 a 5 anos de reclusão.

Em mensagens em grupos de WhatsApp captadas pela reportagem mostravam que os calouros recebiam uma lista com os eventos que seriam realizados na universidade ao longo do período, como torneios e campeonatos. "A tradição dos bixos (calouros) homens na abertura é correr pelado na quadra com as outras faculdades". Nas redes sociais, a deputada estadual Marina do MST (PT-RJ) mostrou indignação com a atitude dos estudantes e questionou: "São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos?".

A deputada federal Erika Kokay disse que "O “ato” realizado pelos estudantes de medicina da Unisa, durante um jogo de vôlei feminino de um campeonato universitário, é repuganante e criminoso! Em vídeos que circulam pela internet, cerca de 20 homens correm pela quadra com as calças abaixadas, tocando suas partes íntimas, o que é caracterizado por importunação sexual".

"Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas", disse a conta oficial do Ministério das Mulheres no X (antigo Twitter).



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