Governo anuncia grupo para acompanhar conflitos agrários

O ministro da Justiça recebeu uma lista, entregue pela organização não-governamental Pastoral da Terra

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O governo anunciou nesta segunda-feira a criação de um grupo interministerial para acompanhar e fiscalizar a situação de ativistas no Norte do País. O anúncio foi feito após uma reunião com o vice-presidente Michel Temer e representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Em menos de uma semana, quatro pessoas foram assassinadas em decorrência de conflitos agrários. O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou que os ministros se reunirão com os governadores de Rondônia, Pará e Amazonas - Estados mais afetados pelos conflitos.

O ministro interino da Justiça recebeu uma lista, entregue pela organização não-governamental (ONG) Pastoral da Terra, com 30 nomes de trabalhadores rurais e ambientalistas que teriam sido ameaçados de morte por madeireiros no Pará - a lista inclui o casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, ambos assassinados na terça-feira.

"A partir desta lista, vamos avaliar caso a caso, ver os mais críticos e ver quem precisa de proteção pessoal. Lembramos que a apuração desses casos cabe às justiças estaduais, mas o governo federal está dando todo o apoio com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força de Segurança Nacional", afirmou Barreto.

Segundo ele, uma portaria publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União destina recursos para pagamento de diárias e deslocamento de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para intensificar a fiscalização na área dos conflitos. Outra medida, segundo Barreto, é intensificar a operação Arco de Fogo, já existente na região para coibir o desmatamento - atividade que os ambientalistas e produtores rurais mortos e ameaçados tentam impedir. O Ministério do Desenvolvimento Agrário também vai instalar dois escritórios de regularização fundiária na região amazônica onde há conflitos agrários.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES