Governo oficializa sindicância e saída de ministro dos Transportes

Diário Oficial também determina suspensão de licitações do ministério.

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A Controladoria-Geral da União oficializou nesta quinta-feira (7) a designação de uma equipe para realizar a "auditoria nas licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias sobre irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes e órgãos a ele vinculados". A nomeação dos integrantes da comissão de sindicância foi publicada no Diário Oficial da União.

O Diário Oficial também publicou decisão da presidente Dilma Rousseff de exonerar o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR-AM). Foi nomeado em seu lugar, interinamente, Paulo Sérgio Oliveira Passos.

Na mesma edição foi oficializada a decisão do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) de suspender, pelo prazo de trinta dias, todas as licitações em curso no órgão.

Entenda o caso

O ministro deixou o cargo na quarta-feira (6) após denúncias sobre um suposto esquema de superfaturamento em obras envolvendo servidores da pasta. A crise se agravou após suspeitas de que o filho do ministro tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo do pai.

No fim de semana, reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

Nesta quarta, o jornal "O Globo" apontou suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, arquiteto de 27 anos, filho do ministro Alfredo Nascimento. Segundo reportagem do jornal, dois anos após ser criada com um capital social de R$ 60 mil, a Forma Construções, uma das empresas de Gustavo, amealhou um patrimônio de mais de R$ 50 milhões, um crescimento de 86.500%. O Ministério Público Federal do Amazonas investiga elo entre a empresa de Gustavo e empresa que recebeu verba do ministério.

Alfredo Nascimento agora deverá voltar ao Congresso para exercer o mandato de senador pelo Amazonas, para o qual foi eleito em outubro de 2006, atualmente ocupado pelo suplente João Pedro, do PT. Também reassumirá, conforme o ministério, a função de presidente nacional do PR.



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