“Há margem para taxação de ricos no Brasil” , afirma diretor do FMI

Ele citou o Bolsa Família como exemplo de sucesso

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 Para o diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil e outros dez países, Otaviano Canuto, há "margens enormes" para reduzir a sonegação fiscal no país e ampliar os impostos sobre heranças, imóveis e a renda dos brasileiros mais ricos.

"O problema da evasão fiscal e da arbitragem dos sistemas tributários é um drama universal. A configuração mais justa nem sempre é a mais eficaz, porque a tributação sobre alguns segmentos é facilmente evasada. É um problema enfrentado desde os membros União Europeia e que também afeta o Brasil. Ainda assim, há margens enormes", disse Canuto em entrevista à BBC Brasil. 

Ele exemplificou com a tributação sobre o patrimônio imobiliário. "É justificável na medida em que o patrimônio físico de casas, terrenos, às vezes se valoriza sem que haja nenhum mérito por isso", afirmou Canuto. "Além disso, esses tipos de taxações são de evasão mais difícil. São casos óbvios em que a tributação maior é justificável pela eficácia e por razões de equidade. Também tem que haver maior taxação sobre a renda dos mais ricos, fechando os buracos através dos quais eles possam evitar ter suas rendas classificadas assim", acrescentou. 

O diretor do FMI disse que acreditar que haja disposição política para aprovar a taxação de grandes fortunas, principalmente por conta da pressão popular. "A expressão da classe média baixa, dos segmentos abaixo do topo da pirâmide veio para as ruas no sentido figurado e não volta para dentro de casa", afirmou.

Questionado sobre o legado dos governo do PT, o diretor do FMI citou o Bolsa Família como exemplo de sucesso e a "baixíssimo custo" como programa eficaz de combate à pobreza. "Isso é uma lição fundamental por conta dos diversos efeitos secundários que programas desse tipo trazem, como o empoderamento das mulheres e dos pobres. São um baita avanço em relação a todos os tipos de políticas sociais do passado e vieram para ficar", afirmou.



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