Haddad nega crítica à Câmara e diz que fez apenas uma reflexão

Ministro diz que ligou para o presidente da Casa, Arthur Lira para explicar suas declarações

Ministro Fernando Haddad | Valter Campanato/Agência Brasil
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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez questão de esclarecer nesta segunda-feira, 14, que suas declarações feitas em uma entrevista para o podcast do jornalista Reinaldo Azevedo, não tiveram a intenção de criticar a Câmara dos Deputados. Na entrevista, Haddad havia comentado sobre a extensão do poder da Câmara e a necessidade de utilizá-lo de forma construtiva em relação ao Senado e ao Executivo.

Haddad enfatizou que entrou em contato com o Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para esclarecer o tom de suas observações na entrevista. Ele assegurou que o governo mantém uma relação estável com os deputados e que suas declarações foram mal interpretadas como uma crítica à legislatura atual.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no Ministério da Fazenda, Haddad explicou que suas palavras se tratavam de uma reflexão sobre o presidencialismo de coalizão. Ele defendeu a importância de uma relação mais harmoniosa entre os poderes, visando alcançar resultados mais eficazes. O ministro também fez questão de reconhecer que as conquistas do governo Lula no primeiro semestre deste ano foram possíveis graças ao apoio da Câmara, do Senado e do Judiciário.

Haddad esclareceu que suas observações não foram uma crítica à legislatura atual, mas sim uma chamada para estabelecer regras mais sólidas e duradouras para as relações entre o Executivo, o Senado e a Câmara Federal, com vistas ao futuro.

À medida que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca angariar maior apoio no Congresso Nacional para aprovar importantes medidas na esfera econômica, está confirmada a substituição de alguns ministros em seu governo. Entre os nomes cogitados para assumir novos ministérios no terceiro governo Lula estão os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (Progressistas-MA).

Cartão de crédito

O ministro também disse que a solução para o rotativo do cartão de crédito não pode prejudicar o consumidor nem o comércio, mas não afirmou qual seria a proposta do Governo para solucionar o alto endividamento na modalidade e ressaltou que os bancos precisam demonstrar dados que justifiquem a necessidade de restringir o parcelamento e explicou que um grupo formado por integrantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), da Câmara dos Deputados e do Senado deve encontrar uma solução em até 90 dias.

“O parcelado sem juros responde hoje por mais de 70% das compras feitas no comércio. Temos que ter muito cuidado para não afetar as compras do comércio e não gerar um outro problema para resolver o primeiro. Nós herdamos uma taxa de juros absurda do rotativo e vamos ter que equacionar [essa questão], mas [a solução] não passa por prejudicar o consumidor que está pagando as contas em dia”, disse o ministro.



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