Henrique Alves rebate críticas e diz que aconselhou Genoino a renunciar

A abertura do processo de cassação contrariou a bancada petista.

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Em resposta às críticas feitas por deputados petistas, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), afirmou, em discurso ao plenário na noite desta terça-feira (3), que ele próprio orientou José Genoino a renunciar ao mandato para evitar constrangimento com uma provável cassação.

Alves deu o conselho ao deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do PT na Câmara e irmão de Genoino. "Semana passava eu disse a ele, como amigo e companheiro, da possibilidade, para evitar sofrimento e angústia, se ele não poderia convencer o Genoino a renunciar. Ele [José Guimarães] ouviu e disse que não era hora de pensar no assunto, mas disse que levaria ao irmão essa ideia", declarou Alves.

Hoje, sob determinação de Alves, a Mesa Diretora da Câmara se reuniu para decidir se abria o processo de cassação de Genoino. Quando o placar estava 4 a 2 pela abertura, o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, entregou a carta de renúncia do petista.

A abertura do processo de cassação contrariou a bancada petista, que fez críticas ao presidente da Câmara. Para o André Vargas, Alves deveria decretar efeito suspensivo até que houvesse um parecer definitivo sobre o quadro de saúde e o pedido de aposentadoria por invalidez feito por Genoino.

Hoje, Alves se defendeu. "A presidência tem o ônus do prestígio, mas o bônus das decisões difíceis", disse. Afirmou também que assim que a condenação de Genoino por corrupção transitou em julgado no STF (Supremo Tribunal Federal), ele foi pressionado a decretar sumariamente a perda do mandato do petista, mas não o fez para não confrontar a Constituição, que determina que o ato seja feito pela Casa Legislativa.

"Recebi críticas. Fui colocado, por setores da imprensa, me confrontando com o Poder Judiciário por não ter cassado sumariamente o mandato do deputado José Genoino", disse o pemedebista.

Alves lembrou que, em setembro, médicos que examinaram o quadro de saúde de Genoino, que tinha acabado de colocar uma prótese de 17 centímetros na aorta, disseram que era necessário esperar pelo menos quatro meses para dar um parecer sobre o quadro de saúde do deputado, que havia feito um pedido de aposentadoria por invalidez.

Diante do pedido de Genoino, para um novo exame, feito no final de novembro, quando o deputado já estava na prisão, Alves determinou que uma junta médica da Câmara o avaliasse. Os médicos concluíram que era necessário esperar mais 90 dias até ter uma posição definitiva.

O presidente da Câmara afirmou que a situação o colocou num impasse. "A Mesa tinha que tomar uma decisão. Era um dever, diante dos fatos e da decisão jurídica, tomar uma atitude", afirmou Alves.

"Não é fácil, é muito difícil esse momento. Eu tenho a consciência de que cumpri rigorosamente meu dever constitucional. Nenhum sentimento de medo, fragilidade, mesquinharia, tomou conta de qualquer um dos membros da Mesa Diretora", disse o presidente da Câmara.



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