Internet é desafio para Justiça Eleitoral

Embora o projeto aprovado pela Câmara preveja punições para as propagandas difamatórias em sites

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O uso da internet nas campanhas eleitorais representa um desafio para a Justiça Eleitoral, afirmou nesta quarta-feira o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello. A liberação, incluída na reforma eleitoral aprovada pelo plenário da Câmara, ainda precisa ser aprovado pelo Senado.

Embora o projeto aprovado pela Câmara preveja punições para as propagandas difamatórias em sites e blogs da internet, como as multas e o direito de resposta, o ministro avalia que haverá conflitos na interpretação da nova lei.

"É um desafio para a Justiça Eleitoral já que, naturalmente, surgem os conflitos na interpretação de uma nova lei. Neste caso, com mais razão, pois envolvem as paixões exacerbadas", disse Mello à "Agência Brasil".

O ministro manifestou, no entanto, a preocupação com o acesso, pela Justiça Eleitoral, das propagandas veiculadas na internet.

"As fronteiras ficam bem flexíveis. O acesso ao que foi veiculado é fundamental para checar se houve abuso", disse ao citar os pedidos de direito de resposta julgados pela Justiça Eleitoral durante as campanhas.

O ex-presidente do STF acrescentou ainda que a nova lei deve ser rigorosa na proibição do uso da internet para a divulgação de candidaturas antes do início da campanha eleitoral, a partir de 5 de julho.

Mesmo assim, Mello considerou um avanço a liberação da internet nas campanhas eleitorais. Segundo ele, trata-se de um meio moderno de comunicação, que não pode ser ignorado. "O que nós pudermos fazer para revelar o perfil dos candidatos, nós devemos fazer", disse.

Twitter

O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) comentou o parágrafo da reforma que prevê a possibilidade de divulgar as atividades do candidato pela internet. "Facilita para que o eleitor conheça seu candidato e também para que faça críticas construtivas, como já é feito nos países mais civilizados do mundo", disse.

Após 35 anos de atividades parlamentares, o deputado afirma que não vai ser difícil se adaptar à campanha pela internet, e afirmou que pretende "twittar" [usar a rede de relacionamentos sociais Twitter]. "Já estou mandando fazer minha página e vou atualizar de acordo com o lugar em que eu estiver. A gente vai se adaptando."



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES