Janot: MP não tem pressa para apresentar nova denúncia contra Temer

No fim de junho, Janot apresentou uma denúncia contra o presidente

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda (17) em Washington que o Ministério Público não tem pressa para apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer. O mandato de Janot à frente da PGR termina em setembro.

No fim de junho, Janot apresentou uma denúncia contra Temer por corrupção passiva, com base nas delações premiadas de executivos da J&S. Mas há a expectativa no meio político de que o procurador esteja preparando novas acusações.

Durante a palestra, Janot foi questionado por um jornalista sobre querer apresentar uma nova denúncia antes do final do mandato. Ele respondeu que não busca celeridade nas investigações. O procurador afirmou as apurações devem levar o tempo necessário para levantar provas sobre a existência ou não de crime.

Segundo o procurador, se isso acontecer, o que resta é esperar acabar o mandato de Temer para dar continuidade ao processo.

IMUNIDADE

Janot disse também que para os padrões norte-americanos o conteúdo da delação dos irmãos Batista, donos da JBS, seria o suficiente para conceder imunidade aos delatores. No processo, Joesley entregou à procuradoria a gravação de uma conversa com Temer.


Após o acordo de delação, Joesley e Wesley Batista obtiveram o direito de não responder criminalmente pelo esquema de propinas que revelaram a procuradores e terão dez anos para pagar uma multa de R$ 225 milhões.

Os termos foram considerados no Brasil como muito benéficos em comparação aos que foram acordados com outros delatores da Operação Lava Jato.

“A pessoa que entrega no curso do cometimento do crime um presidente da República, eu duvido que para o padrão norte-americano isso não seria suficiente para entender pela imunidade”, argumentou Janot no evento em Washington.

O procurador-geral disse, ainda, que não poderia “engolir seco” e deixar que as pessoas continuassem praticando crime porque não queria conceder imunidade. Ele ressaltou que “ninguém se sente feliz concedendo imunidade a criminoso”.

Janot defendeu o processo usado na procuradoria para determinar os termos dos acordos de delação.

“Jamais um colega vai sozinho ouvir um delator. Não há nenhuma decisão tomada na hora. Nós deliberamos em conjunto o que pode ser feito e não pode ser feito”, explicou.



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