Antes de desembarcar em Manaus no último dia 24, Dilma Rousseff ficou ressabiada com o relato do ex-presidente Lula, seu companheiro de voo, sobre uma rouquidão estranha e persistente, segundo reportagem de Natuza Nery do jornal Folha de S. Paulo.
Naquela mesma segunda-feira, a presidente da República pediu à secretária uma ligação urgente assim que retornou a Brasília. "Kalil, você tem que caçar o homem. Ele não está legal". Do outro lado da linha estava Roberto Kalil Filho, cardiologista pessoal dos dois petistas.
Quatro dias depois do telefonema de Dilma, Lula aparecia no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Levava sua mulher, Marisa Letícia, incomodada havia dias por uma dor de cabeça.
O médico, então, aproveitou e examinou paciente e acompanhante.
Menos de 24 horas depois, uma equipe do Sírio anunciava o diagnóstico: o ex-presidente iniciaria rapidamente a quimioterapia para tratar um tumor na laringe.
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