Justiça aceita nova denúncia contra Duque e Vaccari por lavagem de dinheiro

Também é réu na mesma ação o empresário do grupo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público

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A Justiça Federal do Paraná aceitou nesta quinta-feira (30) nova denúncia proposta pelo Ministério Público Federal contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por lavagem de dinheiro.

Também é réu na mesma ação o empresário do grupo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público. O executivo foi um dos primeiros delatores do suposto cartel formado pelas principais empreiteiras do país. Ele também relatou um esquema de pagamento de propinas à Petrobras.

Para o Ministério Público Federal, os três acusados lavaram cerca de R$ 2,3 milhões. O valor teria sido pago em propina pelo grupo Setal a Duque. Os procuradores também sustentam que para que a  movimentação ilícita de recursos não fosse descoberta, as empresas do grupo Setal assinaram, a pedido de Vaccari, contratos falsos com a Editora Gráfica Atitude.

Os procuradores afirmam ainda que a gráfica suspeita tem por sócios "sindicatos historicamente vinculados ao Partido dos Trabalhadores".

"O próprio Augusto Mendonça declarou que os contratos foram feitos apenas para acobertar as transferências, já que a 'SOG/SETAL não possuía qualquer interesse comercial em publicar anúncios na revista, tendo efetuado os pagamentos apenas ante ao pedido de João Vaccari e ao fato de que eles seriam baixados dos valores de vantagens indevidas prometidas a Diretoria de Serviços''', afirmou o juiz Sérgio Moro ao aceitar a denúncia.

Os três réus já respondem a outros processos por lavagem de dinheiro, mas o juiz Moro ressaltou que foram identificados novos crimes efetuados por eles e há "materialidade" e "autoria" suficientes para que denúncia dos procuradores fosse aceita. O magistrado também autorizou que a Petrobras atue como agente de acusação nesta ação penal.

Duque está preso em Curitiba desde março por suspeita de desviar recursos de contratos de empreiteras com Petrobras. Vaccari foi preso e levado para o Paraná um mês depois por suspeita de também atuar no esquema de corrupção para abastecer os cofres do PT.



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