Justiça da Suíça retém R$ 21 milhões de Paulo Maluf

Família do deputado teria ao menos R$ 80 milhões bloqueados no exterior

Paulo Maluf | Arquivo
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Justiça suíça decidiu manter sob confisco mais de R$ 21, 7 milhões (US$ 13 milhões) em nome da família do ex-prefeito de São Paulo e atual deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) em contas nos bancos do país. Somado ao dinheiro ainda bloqueado na Europa, a família Maluf teria ao menos R$ 80 milhões (US$ 48 milhões) bloqueados em Jersey, França e Luxemburgo.

A manutenção do congelamento foi tomada no fim de 2010. Dez anos depois de informar o Brasil sobre movimentações suspeitas de Maluf, o governo suíço havia enviado questionário à Justiça brasileira para saber se ainda queria manter o dinheiro congelado. Até hoje a Justiça brasileira não conseguiu condenar em última instância o ex-prefeito. Segundo o Ministério Público suíço, a devolução do dinheiro só pode ocorrer se houver condenação definitiva de Maluf no Brasil.

Em 2001, o Ministério Público de Genebra comunicou Brasília sobre a movimentação em nome do ex-prefeito que, naquele ano, retirou dos bancos da cidade dezenas de milhões de dólares e os transferiu, segundo o próprio ex-procurador-geral de Genebra Bernard Bertossa, para as Ilhas Jersey, onde já possui conta. Mais de R$ 183,6 milhões (US$ 110 milhões) teriam sido transferidos para o paraíso fiscal.

Nem tudo, porém, foi enviado e o montante que ficou na Suíça acabou sendo congelado, sob a suspeita de ser fruto de corrupção e desvio de verbas públicas. Segundo a Justiça, porém, o dinheiro estaria em grande parte em contas no nome de empresa Offshore ligada à filha do ex-prefeito, Lygia Maluf, na cidade de Lausanne.

O dinheiro seria parte do esquema que transferiu recursos públicos nos anos 1990 para contas no exterior. A acusação apresentada indica que Maluf teria fraudado a cidade, com a ajuda de empreiteiras. Para tentar garantir a condenação, os advogados da Prefeitura enviaram a Jersey uma série de documentos. Um deles aponta que, em 8 de janeiro de 1998, uma transferência de R$ 2 milhões foi feita à família por uma construtora. Entre 1997 e 1998, essa firma recebeu R$ 57,2 milhões da Prefeitura.

Defesa

Maluf nega irregularidades em sua gestão na Prefeitura de São Paulo. Sua assessoria diz que nem ele nem a família têm ou tiveram conta fora do Brasil.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES