Justiça decreta perda de R$ 100 mi da quadrilha de Cachoeira

Decisão esclareceu sentença que condenou o bicheiro a 39 anos, 8 meses e 10 dias de prisão

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No fim do ano, casou-se com Andressa Mendonça | Divulgação
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Após acolher parcialmente embargos de declaração apresentados pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), a Justiça Federal esclareceu a sentença que condenou, em dezembro de 2012, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a 39 anos, 8 meses e 10 dias de prisão por diversos crimes relativos à Operação Monte Carlo. Em decisão proferida neste mês, a Justiça decretou a perda dos bens dos condenados e de "laranjas", além de fixar multa de R$ 156 mil, em favor da União, como valor mínimo dos danos acarretados pela conduta de alguns membros da quadrilha. O somatório dos bens perdidos pelos condenados chega a mais de R$ 100 milhões, segundo o MPF-GO.

Os bens estavam em nome dos condenados, de "laranjas" e de empresas. No nome de Carlinhos Cachoeira, constava apenas um terreno em um condomínio de luxo em Goiânia, com área total de 904 m², no valor de R$ 1,5 milhão. No nome de José Olímpio Queiroga, considerado o braço-direito de Cachoeira e responsável por gerenciar as casas de jogo, foi decretada a perda de cinco apartamentos - dois em Águas Claras (DF), no valor de R$ 800 mil, outros dois na mesma região, estimados em R$ 1,5 milhão, e um em Taguatinga (DF). Além disso, Olímpio também perderá duas fazendas (uma em Mimoso de Goiás e outra em Valparaíso de Goiás, no valor de R$ 450 mil), além de um prédio comercial no valor de R$ 8 milhões, no Riacho Mall Fundo I (DF) e um posto de lavagem e lubrificação, com 1.833 metros quadrados de área construída.

As perdas no nome de Lenine Araújo são de dois carros e três terrenos (dois de 360 metros quadrados e um de 200 metros quadrados) em Valparaíso (GO), além de dois imóveis em Caldas Novas, estimados no valor de R$ 300 mil. Enquanto para Idalberto Matias a perda, em seu nome, consiste em dois carros e um apartamento em Brasília (Asa Norte) no valor de R$ 600 mil. Por último, Raimundo Queiroga, com uma fazenda de 10 mil metros quadrados em Luziânia, cujo valor é estimado em R$ 1 milhão.

Em nome de ?laranjas? e de empresas, está uma lista de bens que ultrapassa a casa dos R$ 100 milhões: apartamentos de luxo (no Rio de Janeiro, nos bairros nobres de Goiânia), fazendas e até uma aeronave (no valor de R$ 750 mil), além de carros importados.

Os crimes cometidos pelos oito condenados na denúncia foram formação de quadrilha armada, corrupção ativa, peculato e violação de sigilo perpetrado por servidores públicos federais, estaduais e municipais. As maiores penas aplicadas foram contra Carlinhos Cachoeira (39 anos e 8 meses), Lenine Araújo (24 anos e 4 meses), José Olímpio Queiroga (23 anos e 4 meses) e Idalberto Araújo, o Dadá (19 anos e 3 meses). O MPF apresentou uma segunda denúncia contra os membros da quadrilha, também resultado da Operação Monte Carlo, na qual eles responderão pelo crime de depósito e exploração comercial de caça-níqueis.



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