Lula diz que Brasil não precisa ter uma meta de inflação “tão rígida”

O alongamento das metas será um dos temas discutidos na reunião desta quinta-feira do Conselho Monetário Nacional (CMN)

Lula diz que Brasil não precisa ter uma meta de inflação "tão rígida" | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (29), que o Brasil não precisa ter um sistema de metas de inflação “tão rígido”. O alongamento das metas será um dos temas discutidos na reunião desta quinta-feira do Conselho Monetário Nacional (CMN).

“O Brasil não precisa ter uma meta de inflação tão rígida, como estão querendo impor agora, sem alcançar. A gente tem que ter uma meta que a gente alcança; alcançou aquela meta, a gente pode reduzir e fazer mais um degrau, descer mais um degrau. É para isso que a política monetária tem que ser móvel, ela não tem que ser fixa e eterna, ela tem que ter sensibilidade em função da realidade da economia, das aspirações da sociedade”, disse Lula em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre.  

Na quarta-feira, dia 28, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou seu apoio ao modelo de meta contínua. Atualmente, o Banco Central (BC) segue uma meta de inflação definida anualmente, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No sistema de meta contínua, amplamente utilizado em diversos países desenvolvidos, o horizonte pode ser flexível e estendido para além de um ano, como por exemplo, 18 ou 24 meses. 

A meta de inflação para o Brasil deste ano é de 3,25%, e para os anos de 2024 e 2025, é de 3%, todas com a mesma margem de tolerância. O Conselho Monetário Nacional (CMN), composto por Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Simone Tebet, ministra do Planejamento; e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), realiza reuniões mensais. Normalmente, as decisões são tomadas por consenso, mas em caso de divergências, a votação por maioria determina a decisão final. 

“Eu espero que o Haddad e a Simone tenham toda maturidade para tomar a decisão que acham que devem tomar”, disse Lula.

Mais uma vez, o presidente expressou críticas à decisão de manter a taxa básica de juros da economia, conhecida como Selic, em 13,75%. O nível atual da Selic, estabelecido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), é o mais alto desde janeiro de 2017. Em março do ano passado, o Banco Central iniciou um ciclo de aumento dos juros em resposta ao aumento nos preços dos alimentos, energia e combustíveis. 

A taxa básica de juros é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central (BC) para atingir a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O aumento da taxa básica tem impacto nos preços, uma vez que juros mais elevados encarecem o crédito e incentivam a poupança, reduzindo a demanda aquecida. Por outro lado, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) reduz a taxa Selic, espera-se que o crédito se torne mais acessível, estimulando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e impulsionar a atividade econômica.

Na sexta-feira, dia 30, Lula estará no estado do Rio Grande do Sul, onde participará de uma cerimônia de entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida em Viamão. Em seguida, ele visitará o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, localizado na capital gaúcha. Além disso, está agendado um almoço com o governador do estado, Eduardo Leite.

(Com informações da Agência Brasil)



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