Lula diz que Putin e Zelensky precisam ficar 'sensíveis' aos mortos

Após reunião do Brics, presidente defendeu 'provocar' líderes russo e ucraniano para discutir a paz. Putin não foi pessoalmente ao encontro na África do Sul.

Lula diz que Putin e Zelensky precisam ficar 'sensíveis' aos mortos | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo nesta quinta-feira (24) aos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para que demonstrem sensibilidade em relação às vítimas e aos refugiados da guerra e comecem a buscar uma solução pacífica.

Lula fez essa declaração durante uma conversa com jornalistas após a reunião dos líderes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizada em Joanesburgo. Putin participou da reunião por meio de videoconferência, já que enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional.

O ex-presidente enfatizou a importância de abordar a questão da paz global, independentemente de apoiar um país específico. Ele argumentou que é fundamental que tanto Putin quanto Zelensky considerem a busca pela paz, dado que o conflito na Ucrânia já perdura há mais de um ano. Lula ressaltou que é necessário que os presidentes se sensibilizem não apenas em relação a ele, mas principalmente em relação às pessoas que estão sofrendo e morrendo devido a esse conflito, bem como aos cerca de 8 milhões de refugiados que estão fora da Ucrânia, fugindo da guerra ou vivendo com medo dela.

Conforme relatado por uma matéria do jornal americano "New York Times," o número de vítimas fatais na guerra na Ucrânia atingiu aproximadamente 190 mil pessoas, de acordo com estimativas de oficiais das Forças Armadas dos Estados Unidos. Tanto a Ucrânia quanto a Rússia não divulgaram números oficiais sobre as baixas.

Durante uma entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a condenação do Brasil à invasão do território ucraniano por tropas russas, que ocorreu há um ano e meio. Ele também enfatizou a disposição do Brasil em participar de esforços de negociação para encerrar o conflito.

Lula declarou: "Em qualquer fórum em que eu esteja presente, minha abordagem será a da busca pela paz, não da guerra."

O presidente brasileiro já havia abordado a questão da guerra em um de seus discursos durante a cúpula do Brics. Ele ressaltou a importância de não ficar indiferente às perdas humanas e à devastação e defendeu um cessar-fogo imediato.

No entanto, Lula evitou fazer críticas diretas à Rússia, o país responsável pela invasão e pelo conflito. Vladimir Putin, por sua vez, falou a partir de Moscou e acusou o Ocidente de provocar a guerra, defendendo o que chamou de "operação militar especial na Ucrânia."



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES