Lula e Zelensky se encontram pela primeira vez após discordâncias

As posições divergentes entre Lula e Zelensky têm sido evidentes desde o início do governo de Lula em janeiro de 2023

Presidentes do Brasil e da Ucrânia | Ricardo Stuckert
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Pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou como presidente da Ucrânia,  Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira, (20, em Nova York (EUA). O encontro ocorreu após meses de opiniões adversas sobre a guerra no leste europeu que se estende por 1 ano e 7 meses. Os líderes viajaram aos Estados Unidos para discursar na terça-feira (19) na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

Lula aproveitou sua presença na Assembleia Geral da ONU para realizar uma série de audiências com presidentes e primeiros-ministros de outros países. Antes do encontro com Zelensky, Lula também se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

As posições divergentes entre Lula e Zelensky têm sido evidentes desde o início do governo de Lula em janeiro de 2023. O presidente brasileiro foi criticado por países ocidentais e pelo próprio Zelensky por adotar uma postura considerada leniente com a invasão militar das forças russas ao território ucraniano. Lula propôs a ideia de criar um grupo de países neutros para negociar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, sugestão que até o momento não foi acolhida. 

Enquanto critica a invasão russa, o presidente brasileiro optou por não fornecer armas à Ucrânia, ao contrário dos EUA e da União Europeia. Lula já insinuou que a Ucrânia deveria abrir mão da Crimeia, uma península ucraniana que a Rússia invadiu e anexou em 2014. No entanto, Zelensky defende a manutenção da região, afirmando que a guerra da Ucrânia "começou e vai terminar na Crimeia".

Nos discursos na Assembleia Geral da ONU, Lula não criticou diretamente a Rússia pelo conflito armado, destacando a necessidade de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU. A Rússia é considerada um parceiro estratégico do Brasil, dada a integração dos dois países no Brics, juntamente com China, Índia e África do Sul, e sua importância como fornecedor de fertilizantes para a produção agrícola brasileira.

Zelensky, por sua vez, reiterou a necessidade de união para derrotar o agressor e afirmou que a proposta de paz da Ucrânia visa manter sua integridade territorial e soberania sobre todos os seus territórios. O presidente dos EUA, Joe Biden, também expressou apoio à Ucrânia na defesa de sua soberania e integridade territorial, enfatizando a importância de não permitir a divisão do país.



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