Lula volta a criticar ação de Israel na faixa de Gaza: não é guerra, é genocídio

O presidente Lula voltou a fazer críticas à postura do governo de Israel em ataques a civis na faixa de Gaza

Presidente Lula | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Depois da polêmica do último final de semana, na qual comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a abordar o tema e fez críticas à postura de Israel durante o conflito, o presidente brasileiro afirmou que o país está cometendo um genocídio contra os palestinos.

A declaração foi feita no domingo (18) e provocou reações das autoridades israelenses nos dias seguintes. Tanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quanto o chanceler israelense, Israel Katz, criticaram as declarações de Lula e pediram uma retratação. Por sua vez, a diplomacia brasileira considerou a reação de Israel como "insólita" e "revoltante".

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Na sexta-feira, durante um evento do programa "Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos", no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Lula reiterou sua posição sobre a guerra na região.

"Eu quero dizer para vocês que eu não troco a minha dignidade pela falsidade. E quero dizer para vocês que eu sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado palestino, viver em harmonia com Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças", afirmou o presidente.

Posteriormente, Lula pediu para que as pessoas lessem sua entrevista dada na Etiópia antes de fazer interpretações sobre suas palavras.

"Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não está morrendo soldado, está morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", enfatizou Lula.

O presidente também criticou a atuação do Conselho de Segurança da ONUargumentando que seu formato atual não permite a tomada de ações efetivas para encerrar conflitos. A declaração inicial de Lula ocorreu durante uma entrevista na Etiópia, onde participou da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.

Israel reagiu declarando Lula persona non grata no país, um termo usado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é bem-vindo. Desde então, as declarações do presidente brasileiro têm gerado repercussões tanto internamente quanto internacionalmente.



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