Manifestações contra impeachment reúnem mais de 700 mil pessoas

Atos ocorreram na data que marca os 52 anos do Golpe de 64

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Na data que marca os 52 anos do Golpe de 64, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff se mobilizam em várias cidades brasileiras, no que é chamado de Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia.

Manifestações foram relizadas no Acre, em Alagoas, Amazonas, Brasília, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rôndonia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins, assim como em algumas cidades no exterior, como Berlim (Alemanha), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra) e Paris (França).

A Organização fala em 728 mil; já segundo dados da Polícia Militar o total é de 149 mil pessoas. 

O cantor e compositor Chico Buarque participou do Ato pela Democracia, no Largo da Carioca, no centro do Rio, e repetiu para a multidão que “não vai ter golpe”. Chico chegou ao palco por volta das 19h30 desta quinta-feira (31), sendo ovacionado por gritos de “Chico, guerreiro do povo brasileiro”.

“Eu vim aqui dar um abraço nas pessoas das mais variadas tribos, das mais variadas convicções políticas. Gente que votou no PT, gente que não gosta do PT, gente que foi do PT, que se desiludiu com o partido, gente que votou na Dilma, mas sobretudo, gente que não pode por em dúvida a integridade da presidente Dilma Rousseff.”

Chico continuou sua fala dizendo que estavam todos unidos na defesa intransigente da democracia. “Eu vejo gente aqui na praça, da minha geração, que viveu o 31 de março de 1964. Mas vejo sobretudo a imensa juventude que não era então nem nascida, mas que conhece a história do Brasil.”

Por fim, o cantor e compositor agradeceu a todos e repetiu que não haverá golpe: “Eu quero aqui agradecer a vocês que me animam a acreditar que não, de novo não, não vai ter golpe”. Em seguida, Chico deixou o palco e o ato, sendo muito festejado pelos presentes.

A manifestação na Praça da Sé começou a se dispersar por volta das 20h de hoje. Desde as 16h, os manifestantes começaram a se reunir no local, onde estão quatro carros de som com bandeiras de diversas entidades, entre elas a Frente Brasil Popular, Central de Movimentos Populares (CMP) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Os manifestantes carregavam balões gigantes, bexigas vermelhas e faixas com mensagens contra o impeachment. João Souza Neto, metalúrgico de 47 anos, disse que o motivo do protesto de hoje é contra o golpe e pela democracia. "O impeachment é dado quando há responsabilidade e não há nada que configure crime", afirmou.

Para o aposentado Mauro Soares, 54 anos, o impeachment está sendo usado como uma manobra para a direita. "Querem voltar ao poder pela força e não pelo voto. Até agora não encontraram nada contra Dilma. Está se repetindo o que ocorreu em 64. A história se repete", acrescentou.

"Vim para dar coro às vozes contra o golpe, disse a engenheira Camila Darwiche, 23anos. Ela também é contra o impeachment, mas tem críticas ao atual governo. Apesar de discordar das políticas adotadas por Dilma, Camila informou que o impeachment "não é a saída para a crise econômica".



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