O governo mexicano anunciou a suspensão das relações diplomáticas com o Equador depois que policiais invadiram a embaixada mexicana em Quito. A ação ocorreu na noite de sexta-feira (05), quando um grupo de policiais equatorianos foi até o local para prender Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador condenado por corrupção, que havia recebido asilo político do México.
O presidente mexicano, López Obrador, denunciou a invasão como uma violação do direito internacional e da soberania do México. Ele anunciou a suspensão das relações diplomáticas através das redes sociais, instruindo seu chanceler a emitir uma declaração sobre o ocorrido e a agir legalmente.
Segundo a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, os locais de missões de um país em outro são invioláveis, e a entrada de agentes de estado depende da autorização do chefe da missão estrangeira. A prisão de Glas levou a uma escalada da tensão entre os dois países, com o Equador acusando o México de violar acordos de asilo político.
A crise entre México e Equador ganhou força após declarações de López Obrador sobre as eleições equatorianas de 2023, nas quais comparou o assassinato de um candidato à Presidência equatoriano com a violência na temporada eleitoral mexicana. Em resposta, o Equador declarou a embaixadora mexicana "persona non grata", agravando ainda mais a situação diplomática entre os países.
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