Michel Temer diz que atritos com Palocci “ficaram no passado”

Na semana passada, Temer e Palocci tiveram uma discussão por telefone.

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Em reunião para discutir os conflitos agrários na região da Amazônia, o presidente em exercício Michel Temer afirmou que os atritos com o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) "ficaram no passado".

Temer, que está no exercício da Presidência em função da viagem de Dilma Rousseff ao Uruguai, falou aos ministros que a coordenação do governo está fluindo normalmente e que discussões de trabalho não deixam sequelas.

Na semana passada, Temer e Palocci tiveram uma discussão por telefone. A razão foram as disputas entre PT e PMDB, exacerbadas durante a negociação e votação do Código Florestal na Câmara.

Na tentativa de garantir o apoio do PMDB, que acabou não ocorrendo, Palocci telefonou ao vice e transmitiu ameaça da presidente Dilma, de que demitiria todos os ministros da sigla.

Palocci é coordenador político do governo e pivô de uma crise no governo, depois que a Folha publicou que o seu patrimônio multiplicou por 20 em quatro anos e que sua empresa faturou R$ 20 milhões em 2010, ano eleitoral.

A presidente Dilma irá reunir a bancada do PMDB no Senado na quarta-feira.

Hoje pela manhã, Temer encontrou rapidamente Dilma na Base Aérea, antes de ela embarcar para Montevidéu. A presidente pediu ao vice que reunisse ministros, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a Polícia Federal para tomar ações urgentes em relação aos conflitos agrários que levaram à morte de sindicalistas na região amazônica.

MORTES

José Claudio Ribeiro da Silva, 54, e Maria do Espírito Santo da Silva, 53, foram atingidos na última terça-feira por vários tiros quando passavam por uma ponte no caminho da comunidade rural onde moravam em Nova Ipixuna, no Pará.

O casal vivia no Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira, onde faziam artesanato a partir de recursos naturais e cultivavam frutas, como açaí.

Na sexta-feira, o agricultor Adelino Ramos, líder do MCC (Movimento Camponês Corumbiara), considerado um dos movimentos sociais agrários mais radicais do país, foi morto a tiros em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho.

A Polícia Civil de Rondônia já identificou um dos suspeitos da morte do agricultor. Ele foi atingido por um motociclista enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde vivia.

Ramos era um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, em 1995, que ocorreu durante a desocupação da fazenda Santa Elina. Morreram no conflito dez sem-terra que estavam acampados na fazenda e dois policiais militares.



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