Ministra defende “homoafetividade” discutida em aula

Nova ministra defende “homoafetividade” discutida em aula

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Nova titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que tem status de Ministério do governo Dilma Roussef, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) rejeita a palavra "homossexualismo". "Remete a doença", explica. Em entrevista ao Terra por telefone de Brasília, a ministra afirmou que pretende dar incentivo à inclusão de assuntos relacionados à diversidade de gênero no projeto pedagógico das escolas, inclusive a chamada "homoafetividade". "Ela existe, assim como alunos de diferentes idades, diferentes comunidades. A palavra "diversidade" deve estar combinada com a palavra "respeito" e devemos criar espaços para esta prática", disse.

A professora Maria do Rosário assume a pasta deixada pelo ministro Paulo Vanucci e declarou pretender dar continuidade ao projeto do antecessor. Entre os focos principais, a proteção dos direitos das crianças, idosos e mulheres. Sobre os mais recentes episódios de violência contra homossexuais ocorridos em São Paulo, a deputada petista diz que a questão "depende de mudanças nos costumes", com "políticas culturais, educação e estímulo à convivência". Sentido de viver em comunidade e respeitar. "Nunca é uma questão primeiramente policial. Precisamos compor e fortalecer valores, compreendendo a diversidade", disse.

Apesar de reconhecer na solução do problema algo mais complexo que a simples represssão policial, Maria do Rosário afirma ser necessária uma postura firme do poder público para reprimir os atos de violência. "As autoridades precisam estar atentas, fazer o enfrentamento, principalmente de grupos marcados por sua atuação intolerante, como gangues de neonazistas", disse.

Migrantes

A ministra diz ainda que uma das preocupações do País para o futuro será a cada vez maior atratividade que exercerá como polo migratório, em função do bom desempenho econômico. De acordo com ela, a forma como os migrantes devem ser recebidos no Brasil deve ser melhor que o tratamento dispensado aos imigrantes brasileiros que foram em busca de melhores condições de vida no Exterior. "Brasileiros sempre vivenciaram as violações de direitos em outros países. Nós podemos e devemos fazer diferente em nosso País", disse.

Trajetória

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), 44 anos, é natural de Veranópolis (RS). Está em seu segundo mandato na Câmara e foi filiada ao PC do B antes de ingressar no PT. Ela foi relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Maria do Rosário iniciou sua carreira política como vereadora em Porto Alegre por dois mandatos, tendo sido deputada estadual por um mandato. A ministra disputou a prefeitura de Porto Alegre em 2008 e perdeu para o peemedebista José Fogaça.



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