Ministro escapa pela terceira vez de explicar consultoria suspeita

O pedido de hoje foi rejeitado pela maioria dos deputados presentes da comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.

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Por 10 votos a um, parlamentares da oposição amargaram nesta quarta-feira (14) a terceira derrota na tentativa de convidar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a prestar esclarecimentos sobre a atuação dele como consultor entre os anos de 2009 e 2010 e as acusações de tráfico de influência em contratos na prefeitura de Belo Horizonte (MG), onde foi prefeito e o atual mandatário é seu aliado político.

O pedido de hoje foi rejeitado pela maioria dos deputados presentes da comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.

?Não deve pairar sobre homens públicos suspensões. Para elucidação das matérias se faz a necessidade da sua excelência vir a essa Casa?, argumentou o deputado Otávio Leite Otávio Leite (PSDB-RJ), autor do requerimento.

Já os governistas rebateram a tese alegando que as ações de Pimentel ?dizem respeito à vida particular dele? ? por ter ocorrido em momento em que ele não possuía cargo público.

O próprio presidente da comissão, o deputado João Maia (PR-RN), chegou a pedir que o deputado tucano retirasse o assunto de pauta justificando que um homem público fora de seu mandato precisa encontrar outras formas de se manter. ?Se você exercer um cargo público, você não poderá mais trabalhar [na iniciativa privada]??, questionou.

Reportagens do jornal "O Globo" apontaram que o ministro teria recebido R$ 2 milhões por serviços de consultoria no período em que também atuava na coordenação da campanha eleitoral da então candidata Dilma Rousseff com empresas que mantinham ou mantém contratos com a prefeitura de Belo Horizonte.

Ontem (13), em evento em Porto Alegre, a presidente da República Dilma Rousseff falou publicamente sobre os pedidos de convite para Pimentel se explicar no Congresso e expressou sua defesa ao ministro.

"O governo não acha nada. Só acha o seguinte: é estranho que um ministro preste satisfações no Congresso sobre a vida privada, da vida pessoal passada dele. Se ele achar que deve ir, ele pode ir. Se ele achar que não deve ir, ele não vai", afirmou a presidente.



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