Ministro do Trabalho estima que país criou 2 milhões de empregos

Se dados se confirmarem, redução será de 10% em relação a 2010

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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta sexta-feira (14) que o os dados do Cadastro de Emprego e Desemprego (Caged) vão mostrar que o país gerou em torno de 2 milhões de empregos com carteira assinada entre janeiro de setembro deste ano.

"Estamos fechando os dados nesta sexta, mas vamos bater 2 milhões de empregos", disse o ministro. Segundo ele, os dados serão fechados por técnicos do ministério nesta sexta, e a divulgação dos números acontecerá na próxima semana.

Mesmo assim, a geração de vagas entre janeiro e setembro - se confirmada a estimativa do ministro - será inferior à do mesmo período do ano passado.

Em 2010, foram criadas entre janeiro e setembro, segundo dados do governo, 2,2 milhões de vagas. Com os 2 milhões de novos postos de trabalho estimados por Lupi no mesmo período deste ano, a redução será de cerca de 10%.

Entre janeiro e agosto deste ano, a geração de novas vagas alcançou 1,82 milhão, 16,8% menos que nos oito primeiros meses do ano passado.

Primeiro ano de governo

Carlos Lupi afirmou que a presidente Dilma Rousseff vai registrar um recorde de vagas de trabalho criadas. "Para um primeiro ano de governo será o maior número de empregos gerados na história. No primeiro mandato do presidente Lula, eu era ministro, foi 1,7 milhão de empregos. Estamos em setembro chegando a 2 milhões", disse o ministro.

Expectativa para o ano

Lupi prevê que, até o final do ano, sejam criados aproximadamente 2,7 milhões de postos de trabalho, número inferior aos 3 milhões previstos anteriormente e que o ministro já admitiu publicamente que não será possível atingir.

"A crise internacional sempre acaba, de alguma maneira, afetando o emprego regional, porque há uma diminuição das encomendas. Mas não é nada que fará com que o Brasil deixe de continuar gerando emprego recorde no mundo", ressaltou Lupi.

"Conversa fiada"

O ministro do Trabalho comentou ainda a nova lei do aviso prévio. Para ele, haverá "impacto muito pequeno" para o empresário e o mercado de trabalho não sofrerá em razão das novas regras, que prevêm que o trabalhador com até um ano de emprego mantém os 30 dias de aviso prévio, mas, para cada ano adicional de serviço, o aviso aumenta em três dias, até o limite de 90 dias.

"Não haverá prejuízo. Quem manda embora um funcionário depois de 10 anos de casa? Isso é conversa fiada [dizer que haverá prejuízo]. A grande rotatividade que temos é até dois anos de trabalho. O impacto vai ser muito pequeno", afirmou Lupi.

Lupi defendeu que o governo apresente um novo projeto de lei ao Congresso para esclarecer as mudanças nas regras do aviso prévio. O ministro deve enviar nos próximos dias à Casa Civil um estudo que indica os três principais pontos que carecem de explicações sobre as novas regras: a proporcionalidade - para quem deixou a empresa após trabalhar 3 anos e 11 meses, por exemplo; os casos em que o empregado pede demissão; e as possibilidades de negociação entre as partes para que o empregado seja dispensado do aviso prévio ou possa cumpri-lo parcialmente.



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