Mozart Neves será o ministro da Educação no governo de Bolsonaro

Ele vai se reunir com presidente eleito nesta quinta-feira (22)

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O educador Mozart Neves será o ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Fontes afirmam que a oficialização deve sair no máximo até quinta-feita, 22, quando ele tem conversa marcada com o presidente eleito.

A escolha de Mozart acontece após a aproximação de Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, ao grupo de Bolsonaro. O futuro ministro é um dos nomes mais conhecidos da educação atualmente no País. É diretor do Instituto Ayrton Senna, foi o primeiro presidente-executivo do Todos pela Educação e secretário de Educação de Pernambuco.

Formado em química e ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ramos esteve ao lado de Viviane em todas as reuniões feitas com o presidente eleito e sua equipe, durante e depois das eleições.

O Instituto Ayrton Senna divulgou uma nota desmentindo que ele tenha sido convidado: “Diferentemente do que vem sendo publicado na imprensa, Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, não foi convidado pelo novo governo para assumir o Ministério da Educação.” A nota diz ainda que Ramos participará nesta quinta de uma “reunião técnica” com Bolsonaro.

Ramos não é vinculado a nenhum partido e, por isso, transita bem pela esquerda e pela direita. Tem boas relações inclusive com Fernando Haddad (PT), candidato derrotado por Bolsonaro nas eleições. Eles se aproximaram durante o período em que Ramos ocupou a secretaria de Estado, entre 2003 e 2006, no governo de Jarbas Vasconcelos (MDB). Haddad era o ministro da Educação.

No Todos pela Educação, notabilizou-se por estudos que mostravam a falta de professores no País, principalmente para áreas de ciências. Entre suas defesas estão também o ensino integral e as competências socioemocionais, como empatia e trabalho em equipe, bandeira atual do Instituto Ayrton Senna.

Seu nome é visto com otimismo por especialistas da área, mas há a preocupação sobre o que ele fará em relação às pautas defendidas pelo presidente eleito, como Escola sem Partido, colégios militares e educação a distância.

Na semana passada, ele, Viviane, Ricardo Paes de Barros e Priscila Cruz, do Todos pela Educação, reuniram-se com o futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni e com a deputada federal eleita Joice Hasselmann. Os especialistas apresentaram o cenário da educação brasileira e disseram que é preciso focar em alfabetizaçao e em valorização do professor.

Depois, Viviane – que chegou a ser cotada para o cargo de ministra – teve um encontro privado com Bolsonaro, sem a presença de Ramos. Em entrevista ao Estado na semana passada, a irmã de Ayrton Senna e presidente do instituto que leva o nome do piloto disse que o novo governo precisa focar em pautas que “impactem a aprendizagem”. Ela também criticou o projeto Escola sem Partido, defendido por Bolsonaro, dizendo que já há meios para coibir eventuais tentativas de doutrinação de professores.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES