Na Polícia Federal, Bolsonaro se cala em depoimento sobre trama golpista

Além do ex-presidente, outros investigados, como Braga Netto e Valdemar Costa Neto, também compareceram à sede da PF em Brasília

Bolsonaro chega à Polícia Federal para ser interrogado sobre tentativa de golpe | Foto: Adriano Machado/Reuters
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira (22) para ser interrogado no âmbito da investigação sobre uma alegada tentativa de golpe de Estado. Prevê-se que Bolsonaro mantenha silêncio durante o interrogatório.

Juntamente com o ex-presidente, outros investigados também compareceram para prestar depoimento, incluindo o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente, Walter Souza Braga Netto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Por estratégia da Polícia Federal, todos os investigados devem ser ouvidos simultaneamente, visando evitar a coordenação de versões entre eles.

Esses depoimentos são parte da operação Tempus Veritatis, que foi iniciada pela PF há duas semanas. De acordo com as investigações, Bolsonaro e seus aliados teriam se organizado para tentar um golpe de Estado e manter o ex-presidente no poder, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma parte crucial da investigação está relacionada à realização de uma reunião ministerial em 5 de julho de 2022. Durante essa reunião, Bolsonaro teria dito a seus ministros que não poderiam esperar pelo resultado da eleição para tomar medidas. Enquanto os advogados do ex-presidente afirmam que ele nunca considerou a possibilidade de um golpe.

Segundo a defesa do ex-presidente, ele optará por permanecer em silêncio durante o depoimento. Recentemente, seus advogados solicitaram acesso aos documentos da investigação em duas ocasiões distintas. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu acesso aos mandados da operação.

No entanto, os advogados de Bolsonaro também buscaram acesso às mídias digitais, como telefones, computadores e à delação do ex-auxiliar de Bolsonaro, Mauro Cid, mas Moraes não autorizou. Diante disso, a defesa informou que o ex-presidente se recusaria a prestar depoimento à Polícia Federal e tentou adiar o procedimento, porém, Moraes rejeitou o pedido. Na última quarta-feira, a defesa fez novamente a solicitação de acesso ao conteúdo das mídias, alegando a necessidade de "garantir a paridade de armas no procedimento investigativo".



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