Serra em Goiania :“Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar

O tucano paulista disse que ficou surpreendido com a atitude de Dilma no debate

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O candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, disse na tarde desta segunda-feira (11), em Goiânia, que desconhece Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) na gestão tucana em São Paulo (conhecido como Paulo Preto), que teria sumido com R$ 4 milhões de campanha eleitoral - questionamento feito pela candidata petista Dilma Rousseff neste domingo (10) em debate promovido pela Rede Bandeirantes .

"Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando". Serra disse ainda que não iria gastar horas de um debate nacional discutindo "bobagens".

Durante entrevista, após uma caminhada pelas ruas do centro de Goiânia, Serra afirmou que ficou surpreendido com a atitude agressiva de sua adversária no debate. Serra lamentou a postura agressiva da petista no debate. "Campanha eleitoral é para discutir propostas, é para comparar os candidatos para eles apresentarem o que fizeram, o que vão fazer. Esse é o lado melhor da campanha eleitoral e não atacar reiteradamente a família de candidato", acusou.

Porém, mais tarde, no aeroporto da capital goiana, comentou que o tom de Dilma era uma das hipóteses que o PSDB esperava. "Ela foi treinada para dar declarações durante o debate", disse. Contudo, ele contestou que a candidata tenha pautado o encontro. "Eu teria feito um debate mais dentro de propostas, mas a gente está aí para o que vier".

Serra ainda comentou sobre a insistência de Dilma em falar sobre as privatizações realizadas pelos governos tucanos. Segundo ele, o PT trouxe o tema porque é um momento eleitoral. "Eles são o partido mais privatizante do País".

Na caminhada, críticas ao governo Lula

Durante o discurso em cima de um carro de som, no evento em Goiânia, Serra criticou indiretamente o governo Lula e afirmou acreditar que o PSDB vai fazer um governo de união e conseguirá governar com maioria.

Serra lembrou que respeita os poderes. "Não vou querer mandar no Senado e nem na Câmara. Eu prezo a independência dos poderes", disse, afirmando que os parlamentares são "homens de diálogo". Serra ainda mostrou otimismo de que, se eleito presidente, poderá alcançar um governo forte em sua sustentação. "Nós vamos conseguir governar com maioria no Congresso, estejam certos disso", disse.

O tucano afirmou que tem muita confiança e esperança de que pode fazer no Brasil um governo de união de todas as regiões. "Não vamos dividir o Brasil, uma região contra a outra, como foi feito no caso do pré-sal", disse. Serra também defendeu que o diálogo entre situação e oposição no Brasil seja mais equilibrado. "Para mim adversário não é inimigo. A oposição deve ser respeitada, ela faz parte da democracia", disse, cobrando "civilidade" no trato da oposição no Brasil. "Presidente, governador, prefeito, têm que saber como se comportar na eleição", alfinetou.

Serra garantiu que não vai alterar nada no país que esteja funcionando. "Eu vou mobilizar tudo aquilo que eu aprendi na vida, para aplicar na presidência da República, fazer todo o empenho para governar bem o país, para ter uma economia forte, para recuperar saúde, segurança e educação. E para que o Brasil ande para adiante", disse. "Tudo aquilo que deve ser aproveitado, que eu encontrar será mantido e reforçado, aquilo que não estiver bom nós vamos corrigir", ainda disse, garantindo, por exemplo, que vai fortalecer estatais, que estão enfraquecidas pela "privatização política", e citou os Correios. José Serra disse ainda que o atual governo não reconhece o que os anteriores fizeram e é "ingrato" com o governo FHC.

O tucano falou também sobre suas propostas, como a criação do Ministério da Segurança, e que vai se aliar aos governadores no enfrentamento do crime, em especial ao narcotráfico. Prometeu, ainda, que vai fazer parceria com o candidato ao governo do estado, Marconi Perillo (PSDB), para trazer obras de infra-estrutura ao estado, como um novo aeroporto e um metrô para a capital.

O candidato foi recebido em Goiânia por correligionários locais, em especial o candidato pelo PSDB ao governo do Estado, Marconi Perillo. Ele participou de uma caminhada de 40 minutos pelas principais ruas do centro da cidade.



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