Nestor Cerveró nega que tenha recebido propina

Ele é acusado de ter recebido US$ 40 milhões de propina.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Justiça do Paraná interrogou Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, que negou que tenha recebido propina. Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras, responde aos processos de corrupção e lavagem de dinheiro.

Ele é acusado de ter recebido US$ 40 milhões de propina para beneficiar uma empresa em um contrato para construção de navios-sonda, usados na perfuração em águas profundas.

No depoimento, Cerveró afirmou que nunca recebeu propina e que não foi indicado ao cargo de diretor da área internacional pelo PMDB, como disse o ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, na delação premiada.

- Teve alguma influência política do partido, do PMDB?

- Não.

- O senhor pode me esclarecer como o senhor assumiu esse cargo de diretor?

- Eu assumi o cargo de diretor atendendo um convite do presidente Lula e da ministra Dilma, de Minas e Energia. E pelo meu conhecimento. Quando eu assumi a diretoria, eu já tinha 28 anos de companhia.

Nestor Cerveró está preso desde janeiro em Curitiba. O ex-diretor da Petrobras também é acusado pelo Mnistério Público de tentar ocultar a compra de um apartamento, que teria sido pago com dinheiro desviado da estatal por meio de uma empresa de fachada.

A cobertura em Ipanema foi alugada em nome da mulher de Cerveró por um valor considerado abaixo do mercado. No depoimento, Cerveró admitiu que ficou sem pagar o aluguel por dois anos porque fez benfeitorias que valorizaram o imóvel e porque tinha um acordo com o proprietário.

- O senhor não acha estranho morar dois anos no apartamento sem pagar aluguel?

- Mas, acabei de explicar, doutor juiz. Eu acabei de explicar. Foi a compensação.

- E o senhor não deu nenhum documento sobre isso?

- Não precisava. Eu tinha um acordo verbal. Por que eu tinha que ter a preocupação se meu interesse era continuar morando no apartamento?

A Petrobras receberá de volta R$ 157 milhões que estavam em contas do ex-gerente Pedro Barusco no exterior, dinheiro que tinha voltado para o Brasil por iniciativa do Ministério Público Federal. O juiz Sérgio Moro autorizou o depósito na conta da Petrobras e disse que espera que parte desse dinheiro seja usada para prevenir desvios na empresa.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES