Nova denúncia complica, cassação ronda e Renan se reúne com Jobim

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Os relatores do processo contra o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de ?tica da Casa avaliam que a nova den?ncia de envolvimento em um esquema de lavagem e desvio de dinheiro contra o peemedebista tem grande impacto pol?tico e torna ainda mais insustent?vel sua perman?ncia no comando da Casa.

"Esse ambiente em torno do Renan forma uma convic??o contra ele. Politicamente sua situa??o fica mais complicada", disse o relator Renato Casagrande (PSB-ES).

?s v?speras da vota??o do relat?rio em que ? acusado de quebra de decoro, podendo ser cassado, Renan se reuniu ontem, em sua resid?ncia oficial, com o ministro Nelson Jobim (Defesa) e com o advogado Eduardo Ferr?o. Ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Jobim deixou o local no carro do advogado do peemedebista.

Procurada pela Folha Online, a assessoria de Jobim n?o informou o motivo do encontro. Nos bastidores, especula-se que o ministro esteja orientando o presidente do Senado em sua defesa para escapar da cassa??o.

Na sexta, a Folha,em Bras?lia, revelou que a Pol?cia Federal estaria investigando o esquema de lavagem que envolveria Renan. O caso come?ou em setembro de 2006, em um depoimento prestado ? Pol?cia Civil do Distrito Federal pelo advogado Bruno de Miranda Lins. Ele relatou que seu ex-sogro, o empres?rio Luiz Garcia Coelho, manteria duas contas no exterior e operaria para diversos pol?ticos do PMDB, entre os quais Renan. Coelho ? pai de uma funcion?ria que trabalha no gabinete do senador.

As revistas "?poca" e "Veja" deste fim de semana trouxeram mais detalhes do depoimento de Miranda. Segundo reportagem das revistas, Miranda afirmou que Renan teria recebido sacolas de dinheiro do esquema que envolvia minist?rios chefiados pelo PMDB e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ent?o chefiado pelo deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT).

Na opini?o de Casagrande, a situa??o de Renan a cada dia se torna mais grave. "Todo esse quadro negativo em torno dele tende a prejudic?-lo."

A relatora Marisa Serrano (PSDB-MS) tem a mesma opini?o. "Toda den?ncia envolvendo o senador tem impacto no processo."

Em nota divulgada ontem, Renan diz que ? "mat?ria requentada" a den?ncia feita por Miranda. "As declara?es ? Pol?cia Civil de Bras?lia, prestadas pelo sr. Bruno envolvendo meu nome trata-se de um depoimento feito no curso de uma separa??o litigiosa de uma funcion?ria do meu gabinete."

Segundo a nota, "a Justi?a n?o deu nenhum valor jur?dico ao assunto por tratar-se de vis?vel expediente de provocar esc?ndalo e press?es processuais sobre pessoas que nada tem a ver com briga de casais". O texto dizendo que o "fato a mim atribu?do ? inteiramente falso, fruto de imagina??o e m?-f?".

O autor da den?ncia foi casado com a filha do lobista Luiz Garcia Coelho, dono da empresa Assessoria LTDA. Em depoimento ? Pol?cia Civil do Distrito Federal, Miranda disse que o ex-sogro manteria duas contas no exterior e operaria para pol?ticos do PMDB, entre eles o pr?prio presidente do Senado.

Al?m do deputado Bezerra, o senador Romero Juc? (PMDB-RR) ? citado como participante do esquema coordenado por Coelho. Eles teriam, segundo as revistas, beneficiado o BMG para a concess?o de cr?dito consignado. Em troca, o banco teria pago propina aos integrantes do esquema.

Juc? nega as acusa?es. Admitiu que conhece Coelho, com quem tem "uma amizade protocolar", mas que desconhece qualquer esquema de arrecada??o de dinheiro. Segundo ele, na sua gest?o o n?mero de bancos credenciados para operar com cr?dito consignado foi ampliado. Disse que demitiu Carlos Bezerra do INSS quando assumiu o Minist?rio da Previd?ncia. Ap?s ter deixado o cargo, Juc? disse que foi procurado por Coelho, que lhe pediu ajuda para manter seu filho empregado no minist?rio, mas ele teria dito que n?o tinha mais inger?ncia na pasta.

"N?o posso responder pelo Renan. Comigo n?o teve nada disso [de sacolas de dinheiro]."

A Folha n?o conseguiu localizar Bezerra.



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