O avanço esperançoso das novas formas de trabalho, por José Osmando

O impacto positivo da economia verde e das novas formas de trabalho no mercado de trabalho

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Por José Osmando de Araújo

Os avanços extraordinários da tecnologia e a forte preocupação reinante no mundo quanto às questões do meio ambiente, estão sendo responsáveis por mudanças profundas no mercado de trabalho. Se isso causa severas preocupações, em face de transformações radicais e mesmo do desaparecimento de diversas profissões, por outro está trazendo um alento muito acentuado, pois estão crescendo de modo esperançoso várias outras profissões ligadas às preocupações ambientais, à agricultura, pecuária e às novas modalidades de geração de energia, os chamados empregos verdes.

Estes dados constam do relatório apresentado ontem pelo Fórum Econômico Mundial, e são extraídos de pesquisa realizada em parceria com a brasileira Fundação Dom Cabral. O estudo debruçou-se sobre a economia de 45 países, em cima de dados conhecidos de 803 empresas, que juntas são responsáveis por mais de 11 milhões de vagas de trabalho.

NOVAS DESCOBERTAS

Uma constatação bastante animadora é a de que a Educação está literalmente no centro dessas transformações, o que significa que o ensino e a pesquisa andarão sempre mais valorizados, de mãos dadas com as tecnologias em crescimento e novas descobertas que advirão de modo crescente. A necessidade de que governos locais despertem para o dever de cada vez mais investir em formação, faz prevalecer a crença de que as novas profissões ou aquelas que resistirem após passarem por transformações, terão o conhecimento como ponto central, alcançando, portanto, melhor qualidade.

A necessidade de qualificar pessoas para que ocupem as novas modalidades de emprego que estão surgindo, ou se requalifiquem para mudar as formas antigas com que realizavam suas tarefas, põe a Educação em posição elevada e ímpar, fazendo ressignificar o papel do educador. Ao lado dessa boa nova, tem-se que muitas dessas novas atividades que estão surgindo possuem como foco principal, além do aspecto meramente econômico, a preocupação com a vida humana, a vida animal e a sobrevivência e melhoria do próprio planeta.

QUALIFICAÇÃO CONSTANTE

Assim, governantes nacionais, empresas e os próprios trabalhadores terão que ter a nítida compreensão de que a qualificação será constante, progressiva, sem intervalos, a partir de agora, pois poderá ocorrer a falta de trabalho qualificado para os novos postos à disposição. E na mesma linha, muita gente poderá ficar sem emprego, pela ausência da qualificação sempre mais exigida. Os governantes e as empresas, sobretudo, não poderão perder de vista esse ambiente que a transição que se apresenta vai exigir.

Um estudo anterior, realizado pelo Instituto Cíclica e pelo Instituto Veredas, intitulado “Futuro do Mundo do Trabalho para as juventudes Brasileiras”, já revelava que as vagas de emprego para nossos jovens estarão concentradas nas chamadas economias verde, prateada, digital, criativa e do cuidado. Esse trabalho explicita que a economia verde contribui para o bem-estar das sociedades, combatendo os efeitos nocivos do processo de mudanças climáticas, hoje num amplo processo de conscientização em boa parte do mundo. 

ENERGIAS LIMPAS

Esse segmento traz oportunidades em energias limpas, turismo sustentável e agricultura. Isso é bastante animador, pois o Brasil, com destaque recente do Nordeste, vem avançando significativamente na implantação de projetos de energia solar e eólica, valendo-se da abundância incomparável de sol e ventos, e já evolui bastante para gerar hidrogênio verde, uma grande esperança para nos libertarmos dos combustíveis fósseis.

A chamada economia criativa, também conhecida como economia laranja, engloba atividades artísticas e culturais, com amplas possibilidades de geração de trabalho e riqueza. Oferece oportunidades nos campos das artes, turismo e audiovisual.

ECONOMIA DO CUIDADO

A economia do cuidado compreende as atividades de cuidado direto e indireto com as pessoas, gerando uma gama imensa de atividades em serviços e profissões como enfermeiros, cuidadores de idosos, empregadas domésticas, babás, atendimentos de cuidados paliativos, médicos, psicólogos, nutricionistas, instrutores físicos, e estética, como cabeleireiros, manicures e massagistas.

ECONOMIA DIGITAL

A economia digital vai andar de mãos dadas com esses novos investimentos econômicos e oportunidades de emprego e renda, formando profissionais de tecnologia e recursos digitais incorporados a diferentes cadeias de produção, como educação, saúde, agricultura e meio ambiente, turismo, marketing e prestadores de serviços dos mais diversificados campos.

Esses estudos são animadores, indicando que temos saídas e soluções para as crises de falência criadas pela própria humanidade. Daí, persistir a crença no gênero humano, pensante, capaz (muitas vezes nem sempre) de criar alternativas até melhores para as desgraças que ele mesmo fabrica.



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