Outros cinco acusados de envolvimento no mensalão deixam prisão

Decisão de libertar Arruda beneficiou outros presos do caso

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Depois do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), outros cinco acusados de envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina no DF foram soltos na noite desta segunda-feira.

O deputado distrital Geraldo Naves (DEM), o ex-secretário de Comunicação Wellington Moraes, o sobrinho e ex-secretário particular de Arruda, Rodrigo Arantes, o ex-conselheiro do Metrô DF Antônio Bento, e o ex-diretor da Companhia Energética de Brasília Haroaldo Carvalho estavam presos desde fevereiro no Complexo Penitenciário da Papuda, no DF.

O ex-governador deixou a sala na superintendência da Polícia Federal, onde estava preso há 60 dias, logo após a decisão do Superior Tribunal de Justiça que revogou a prisão preventiva.

Oração

Arruda foi para casa acompanhado da mulher, Flávia. Recebeu amigos e um grupo de apoiadores que foram fazer uma oração em agradecimento por sua libertação. O ex-governador deixou a prisão de barba, vestindo jeans e camiseta.

Seu advogado, Nélio Machado, disse ao final do julgamento no STJ que a prioridade de Arruda era "reorganizar sua existência". "Ele vai respirar, vai rever a filha, reencontrar a família e reogarnizar sua existência. A vida pública, nesse momento, interessa muito menos. Ele quer o retorno da sua paz, da sua saúde, que perdeu no cárcere, ele quer voltar à sua família".

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.



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