Para fortalecer Serra, tucanos buscam partidos da base do governo

O PSDB deflagrou nos bastidores a busca por aliados nas eleições presidenciais de outubro para enfrentar a dobradinha PT-PMDB

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O PSDB deflagrou nos bastidores a busca por aliados nas eleições presidenciais de outubro para enfrentar a dobradinha PT-PMDB --que juntos somam as maiores bancadas no Congresso e no comando dos Estados brasileiros. Os tucanos avançaram nas conversas com o PTB, PMN e PSC, mas também miram no apoio do PP em torno da candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) é um dos nomes cotados para a vice-presidência da chapa de Serra, caso o PP decida formalizar a coligação com o PSDB. O pepistas, no entanto, esperam maior definição do cenário eleitoral nos Estados antes de bater o martelo em favor da aliança com o PSDB ou com o PT --de quem são aliados no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"Há Estados fechados com o PT, outros com o PSDB. Em outros, há tendências. Uma definição nacional pode interferir na composição nos Estados. Somos da base do governo, mas claro que o PSDB tem nos procurado para a campanha", disse o líder do PP na Câmara, deputado João Pizolatti (SC).

Parte do PP defende neutralidade nas eleições de outubro, o que liberaria os integrantes do partido para coligações diversas nos Estados. O partido, porém, tem pretensões num eventual governo tucano ou mesmo petista para ampliar sua participação no Executivo --atualmente limitada a um ministério.

Nos bastidores, parlamentares do PP reconhecem que o momento é de espera antes de decidir que candidato poderia trazer mais vantagens à legenda caso seja eleito. "A gente não pode constranger companheiros a ficarem com uma posição contrária ao partido. A tendência é a neutralidade para dar conforto aos Estados", disse o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Tucanos

Entre os tucanos, o discurso é o mesmo: o PSDB vai dar início às conversas para definir o vice de Serra somente a partir das convenções partidárias de junho. "Não tratamos de vice agora. O Dornelles podia ser candidato a qualquer eleição no Brasil", desconversa o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) admite que o partido está aberto para conversar com outras legendas sobre a vice, mas que o diálogo ocorrerá somente em junho. "Não antes disso. Tem o PP,o PTB, uma série de partidos em que temos essa possibilidade. Serão todos bem-vindos", disse Tasso.

Aliado fiel do PSDB na chapa de Serra, o DEM também reivindica a indicação do vice caso os tucanos sepultem a chapa puro-sangue da legenda.



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