Partidos deixam punição aos infiéis para depois das eleições

Marcada por adesões e trocas de lado, o pleito deste ano no Piauí foi o terreno fértil para a “infidelidade” partidária

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Marcada por adesões e trocas de lado, o pleito deste ano no Piauí foi o terreno fértil para a ?infidelidade? partidária. Com a legislação mais rígida sobre as mudanças de legendas, os insatisfeitos continuam no mesmo partido apesar de não seguirem as orientações partidárias sobre os apoios políticos em época de eleição. A responsabilidade de punir os desvios de conduta ficou com as siglas, que decidiram adiar as possíveis represálias para depois de outubro.

O Diretório estadual do PT havia decidido no mês passado que os membros do partido que não acompanharem as decisões da legenda seriam punidos com a expulsão. ?Recebemos representações sobre infiéis, mas iremos seguir o estatuto do partido. As denúncias são encaminhadas para a Comissão de Ética, que irá avaliar caso a caso, e todos terão direito de defesa?, explicou o presidente regional do PT, Fábio Novo. ?O certo é discutir as punições depois das eleições. Esses últimos 15 dias estão voltados para a campanha?, pontuou.

Já o presidente do Democratas, o deputado federal José Maia Filho, destacou que qualquer decisão sobre os infiéis só será tomada com o aval da Executiva da sigla, incluindo o ex-governador Hugo Napoleão, o senador Heráclito Fortes e o deputado federal Júlio César. ?Esse assunto ainda não foi discutido, mas não existe unidade em nenhum partido, é algo natural?, frisou Mainha, indicando que o partido deve manter os filiados rebeldes em seus quadros. No final de agosto, o prefeito de São João do Piauí, Roberth Paes Landim (DEM), anunciou apoio à candidatura do senador João Vicente (PTB) ao Governo estadual, apesar do DEM estar coligado com o PSDB, que tem como candidato a governador o ex-prefeito Sílvio Mendes.

Para o presidente estadual do PSDB, o deputado Luciano Nunes Filho, a infidelidade deve ser vista como algo ?normal? em todos os partidos. ?Tem gente até do PT votando no Sílvio?, alfinetou, acrescentando que a expulsão ?não é uma tendência? para os tucanos, que têm o prefeito cassado de José de Freitas, Roberth Freitas (PSDB), apoiando a candidatura à reeleição do governador Wilson Martins (PSB). ?Só vamos discutir isso quando acabar as eleições?, disse. O vereador Rodrigo Martins (PSB), destacou que a legenda apresenta um cenário diferente das outras siglas no Estado, com um número de infiéis reduzido.

?Quase a totalidade do partido está apoiando o governador, não recebemos denúncias de infidelidade dos socialistas?, enfatizou Martins. No PMDB, por outro lado, a situação é diferente. O partido é divido no apoio à João Vicente, Wilson e Sílvio, apesar de oficialmente seguir com a coligação ?Para o Piauí seguir mudando?, onde indicou o candidato a vice, o deputado estadual Moraes Sousa Filho. Por isso mesmo o presidente regional do PMDB, o deputado federal Marcelo Castro adianta que a tradição ?libertária e tolerante? da legenda deixa a orientação controversa de parte dos filiados sem represálias.

?Queremos o partido unido mas por compreensão e amor?, concluiu Castro. (S.B.)



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