Partidos não atingem a cota feminina nas eleições

A cota de 30% de mulheres candidatas nos partidos políticos para as eleições deste ano dificilmente será alcançada.

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A falta de interessadas em participar das chapas proporcionais à Assembleia Legislativa e Câmara Federal é verificada nacionalmente e no Piauí deverá contar com uma quantidade ainda menor de representantes femininas comparada ao último pleito.

Segundo o cientista político e professor da Universidade Federal do Piauí, Ricardo Arraes, apesar de serem maioria na população e no total de eleitores, a participação da mulher na política piauiense ainda é pequena.

"Mesmo com as lutas femininas travadas desde a década de 70, o papel da mulher se resume, quase sempre, a votar, e isso é muito pouco. Se conta nos dedos as deputadas na Alepi", diz Ricardo.

O cientista político revela uma particularidade da situação feminina nordestina. "A quantidade de mulheres eleitas no Nordeste é até maior do que em regiões como o Sul do país".

O motivo não seria um crescimento da consciência política dessa parcela da sociedade e sim a substituição dos maridos ou parentes do sexo masculino que buscam os sucessores na família.

"Poucas foram as mulheres que se elegeram sem a figura do marido ou do pai, como a deputada estadual Flora Izabel e a ex-deputada Francisca Trindade, do PT.

No interior é comum políticos colocarem filhas e parentes quando não podem mais concorrer legalmente", avalia Arraes. Dos 30 deputados na Assembléia, apenas 3 são mulheres: Flora, Lílian Martins (PSB) e Ana Paula (PMDB).

No PT, por exemplo, apenas duas mulheres serão candidatas às eleições deste ano: Flora Isabel, que pretende se reeleger na Alepi, e Zenaide Lustosa, superintendente de Planejamento Participativo da Secretaria Estadual de Planejamento do Piauí. "Em 2008 muitas mulheres foram candidatas, porém este ano tivemos um recuo.

De 22 pré-candidatos que a legenda tem para deputado estadual, só duas são mulheres", ressalta Zenaide. Apesar da criação de políticas públicas voltadas para as mulheres, a superintendente conta que a questão financeira ainda atrapalha a adesão à vida política. "A mulher já tem uma jornada de trabalho em casa e ainda tem que conciliar o trabalho com os fi- lhos", pontua Lustosa.



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