Paulo Octávio surpreende e diz que fica no governo do DF por mais alguns dias

Interino no DF diz que ouviu apelos e vai aguardar o STF. Carta de renúncia está pronta

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Paulo Otávio | G1
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 O governador interino do Distrito Federal Paulo Octávio (DEM) disse nesta quinta-feira (18) que fica no cargo "por mais alguns dias" e ainda não vai renunciar. Ele assumiu o comando do DF depois que José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido) foi preso há uma semana e pediu licença do cargo.

O governador interino afirmou que permanecerá no comando do governo do Distrito Federal até o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir de maneira definitiva o destino de Arruda. - A cada dia teremos problemas. Sei que é um governo e um momento muito difícil. Quero colocar minha experiência para aguardarmos a decisão do Supremo Tribunal Federal. Sou apenas o governador interino. Na próxima semana, o Supremo poderá mudar a vida de Brasília.

Apesar de ter minha carta de renúncia pronta, e entregue à líder do meu partido Eliana Pedrosa, eu aguardo alguns dias e aí sim tomaremos as decisões necessárias. Em entrevista coletiva no Palácio do Buriti, sede do governo do DF, Paulo Octávio confirmou que a carta de renúncia está pronta, mas decidiu esperar após ouvir apelos “de muitos partidos políticos, de muitos secretários do governo, apelos de uma imensa maioria da população”.

E disse ainda que hoje foi um dos dias mais difceis para ele. - Talvez hoje tenha sido um dos dias mais difícies da minha vida. Paulo Octávio disse que ainda não está pronto para deixar o cargo. Ele é alvo de cinco pedidos de impeachment na Câmara Legislativa do DF. Logo pela manhã, as informações eram de que o governador interino já havia escrito sua carta de renúncia.

Pantes, ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E, no seu pronunciamento, chegou a afirmar que o próprio presidente sugeriu que ele esperasse os desdobramentos do STF. Integrante do governo que participou da reunião, entretanto, negou que o presidente tenha aconselhado Paulo Octávio a ficar mais alguns dias. Mais cedo, o ministro Alexandre Padilha afirmou que Lula disse ao governador interino que a decisão sobre a renúncia era exclusiva dele.

- Paulo Octávio não veio pedir apoio ao presidente. Ele veio apresentar a sua situação ao presidente e perguntar a opinião de Lula. Lula disse que não emitiria nenhuma opinião sobre o assunto, até que haja uma decisão da Justiça. Paulo Octávio falou que estava em processo de avaliação e que uma das suas alternativas era a renúncia. O presidente disse que essa era uma decisão de foro íntimo do governador. Paulo Octávio reafirmou que não concorre nestas eleições

- Já renunciei ao direito de me candidatar ao Distrito Federal, mas não posso ainda renunciar na obrigação de servir Brasília. Paulo Octávio informou ainda que Lula disse no encontro que vai continuar ajudando o Distrito Federal, que não pretende parar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na região e que está preocupado com a possibilidade de intervenção federal.



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