PF diz que governador do AP negociava propina

Relatório da Polícia Federal aponta também desvio de dinheiro público.

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Um relatório da Polícia Federal sobre o desvio de dinheiro público no Amapá acusa o governador afastado do Amapá, Pedro Paulo Dias, de negociar com uma empresa estrangeira com sede na Ásia para receber propina de US$ 30 milhões, mais de R$ 51 milhões.

O G1 tentou, mas não conseguiu, contato por telefone com a advogada do governador, preso desde a última sexta-feira pela Operação Mãos Limpas, da PF, que apura desvio de dinheiro público no Amapá.

Segundo a PF, Dias usaria o dinheiro da empresa estrangeira para financiar a reeleição dele. Em troca, o governador afastado facilitaria a legalização de fazendas que seriam compradas pelo grupo no estado.

A Polícia Federal apreendeu uma tonelada de material durante a investigação e colheu informações durante dois meses de escutas telefônicas.

A PF encontrou indícios de fraudes em quase todos os contratos analisados até agora. O relatório aponta também desvio de dinheiro público no reembolso de despesas médicas de Tribunal de Contas do Amapá. Segundo as investigações, conselheiros do tribunal receberam de R$15 mil a R$ 170 mil para cobrir gastos com tratamentos nunca realizados.

Segundo a PF, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Júlio de Miranda Coelho, sacou das contas do tribunal mais de R$ 7,5 milhões, de novemrbo de 2005 a janeiro de 2007. Na casa dele, na Paraíba, a Polícia apreendeu carros de luxo, avaliados em R$ 3 milhões, entre os quais uma Ferrari.

O governador afastado e mais 17 pessoas ? entre elas ex-governador do estado Waldez Góes ? foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira passada (10) por suspeita de envolvimento com desvio de recursos públicos no estado.

O advogado Cezar Bitencourt entrou nesta quarta-feira (15) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um pedido de reconsideração da prorrogação da prisão temporária do ex-governador do Amapá Waldez Góes.

Nesta terça-feira (14), o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, concedeu alvará de soltura a 12 pessoas envolvidas com o caso, mas decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária porque poderiam atrapalhar as apurações Entre eles, Pedro Paulo Dias, Waldez Góes e José Júlio de Miranda Coelho.



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