PF vai pedir ao STF prisão de deputado que disse ter financiado golpistas

O pedido decorre de um discurso proferido pelo deputado, no qual ele afirmou que “deveria estar preso” por ter ajudado a financiar manifestantes golpistas.

PF vai pedir ao STF prisão de deputado que disse ter financiado golpistas | Reprodução
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A Polícia Federal (PF) irá encaminhar hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de prisão do deputado estadual Amauri Ribeiro, do partido União Brasil. O pedido decorre de um discurso proferido pelo deputado, no qual ele afirmou que "deveria estar preso" por ter ajudado a financiar manifestantes golpistas. 

O deputado Amauri Ribeiro, que atualmente está tentando negar suas declarações anteriores, fez tais afirmações em defesa da liberdade do coronel Benito Franco, que foi preso pela Polícia Federal em abril durante uma operação que investigava atos golpistas. No seu discurso, que agora está sendo questionado, Ribeiro fez declarações enfáticas.

— A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. 

No contexto de sua defesa em favor do coronel Benito Franco, o deputado Amauri Ribeiro afirmou ter auxiliado os acampamentos bolsonaristas no Distrito Federal, afirmando que levou comida, água e dinheiro. Segundo suas declarações, ele acompanhou de perto esses acampamentos e justificou suas ações afirmando ser um patriota e que recebeu apoio de pessoas que acreditam na nação, defendem o país e discordam do governo que consideram corrupto e criminoso.

Essas afirmações foram uma resposta ao deputado Mauro Rubem, do PT-GO, que questionou o financiamento dos atos golpistas. Ribeiro também expressou sua defesa em relação a Benito Franco, um militar da ativa da PM-GO e ex-comandante da Rotam. Franco foi preso no dia 19 de abril em decorrência de um desdobramento da Operação Lesa Pátria realizada pela Polícia Federal. A posição de Ribeiro em defesa de Franco pode ser entendida como um apoio às ações e posicionamentos do militar.

Após a repercussão de suas declarações anteriores, Amauri Ribeiro recuou de sua posição e afirmou que repudia os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro. Em uma entrevista à rádio Bandeirantes de Goiás, ele afirmou que considera os acontecimentos como uma vergonha e ressaltou que a manifestação em que esteve presente foi pacífica e democrática, sem qualquer tipo de vandalismo. Ribeiro afirmou que a lei lhes concede o direito de se manifestarem, desde que seja de forma pacífica e dentro dos limites legais.



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