PGR denuncia mais 203 pessoas por atos antidemocráticos em Brasília

As denúncias dizem respeito a pessoas que foram presas em frente ao Quartel do Exército, em Brasília, um dia após os ataques.

Atos antidemocráticos em Brasília terminaram em vandalismo e milhares de pessoas presas | Marcelo Camargo/Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), mais 203 pessoas por incitação aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro deste ano, que resultaram em vandalismo de prédios públicos em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

Segundo a PGR, as denúncias, que foram enviadas ao STF na terça-feira (4), dizem respeito a pessoas que foram presas em flagrante em frente ao Quartel do Exército, em Brasília, um dia após os ataques.

Na denúncia, a PGR se manifestou pela liberdade provisória dessas pessoas, com a adoção de medidas cautelares como proibição de uso de redes sociais, de contato com outros réus, além do comparecimento periódico em Juízo, entre outras. Segundo a PGR, esse tem sido o padrão adotado para os crimes leves.

Os denunciados vão responder pelos crimes de incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa, cuja pena máxima, não supera 4 anos de reclusão.

1.390 pessoas denunciadas

Segundo a PGR, já são 1.390 denunciados no âmbito dos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos, a maioria deles (1.150) está no núcleo dos incitadores. Há 239 denunciados no núcleo dos executores (INQ 4.921), e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos (INQ 4.923).

Nas denúncias contra executores – que respondem por crimes mais graves, como golpe de Estado e tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito, com penas que podem chegar a 30 anos de reclusão, a PGR requereu a manutenção das prisões cautelares.

Início das investigações contra financiadores

A PGR informou que o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR concluiu o trabalho relativo às pessoas detidas em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes (executores com vandalismo de prédios públicos) e àquelas presas no dia seguinte às invasões, no acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília (incitadores). Eventuais casos ainda pendentes serão avaliados e as providências cabíveis, inclusive eventuais denúncias, tomadas oportunamente.

“A análise desses casos foi priorizada porque a maior parte das pessoas está ou esteve detida, e existem prazos legais para o oferecimento de denúncia em casos com prisão cautelar. O objetivo foi evitar qualquer conjectura relativa ao excesso de prazo”, explica o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico.

Ainda segundo o coordenador, a partir de agora o grupo poderá concentrar os esforços e avançar nas investigações que buscam identificar os financiadores dos atos ou tratam da omissão de agentes públicos no dia dos ataques.

Meio Norte - O seu portal de notícias e exclusivas



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES