Poder Público teme aumento de rebeliões em presídios

A preocupação é que se dê condições estruturais e humanas para que todos os envolvidos no processo tenham segurança garantida

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A maior preocupação das autoridades responsáveis por colocar a lei em prática é na questão da segurança, principalmente nos presídios de segurança máxima. Na manhã de ontem foi firmado um acordo de cooperação técnica, entre o TRE e demais instituições públicas, como OAB, Defensoria Pública Federal, Secretaria de Segurança e Ministério Público Federal e Estadual, para que se busquem soluções em conjunto para garantir a tranqüilidade do pleito eleitoral nas unidades prisionais onde serão instaladas as sessões eleitorais. Segundo o diretor da Unidade de Administração Penitenciária da Secretaria de Justiça, MagSaySay Feitosa, a preocupação é que se dê condições estruturais e humanas para que todos os envolvidos no processo tenham segurança garantida. “Como será um período de movimentação intensa dos presidiários, precisamos nos dotar de estrutura para que não aconteça rebelião. Temos que ficar atentos”, argumentou. Segundo ele, somente na Casa de Custódia, em Teresina, 753 presos irão votar. “Eles precisam deixar as celas algemados, percorrer os corredores, alas estreitas com controle rigoroso”, elencou, lembrando que, atualmente, a Casa de Custódia só possui 10 pares de algemas para atender a demanda. “Para o dia a dia é suficiente, mas esse é um caso excepcional e não temos essa estrutura”, justificou. O secretário estadual de Segurança, Raimundo Leite, comprometeu-se em avaliar essa estrutura e buscar soluções para solucionar o impasse. Segundo ele, na próxima segunda-feira, haverá uma reunião, onde a Secretaria de Justiça colocará suas necessidades para que elas sejam atendidas até outubro. “Precisamos de reforço de segurança para evitar que os presos se aproveitem da situação para provocar algum tipo de reação",alerta Magsaysay. Para o chefe da procuradoria da República no Piauí, Marco Túlio Caminha, a problemática não deve ser empecilho para dar as garantias constitucionais para os presos provisórios. “Com isso estamos atendendo a dignidade da pessoa humana. É uma experiência nova, é natural que surjam conflitos. Ainda assim, precisamos atender o principio maior que é o da cidadania. Eles não foram condenados ainda e por isso, tem os mesmos direitos dos cidadãos comuns”, ressaltou, acrescentando que a situação do Piauí é mais favorável do que outros Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde a demanda é ainda maior. (M.M)



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