Policial que ajudava tráfico concorre a deputado

Acusado de ajudar traficantes, policial concorre a deputado

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Detido pela acusação de clonar cartões bancários e passar informações sigilosas a traficantes do Complexo do Alemão (Zona Norte), o policial civil Jorge Luiz Dias da Silva concorrerá em liberdade a deputado estadual pelo PCdoB no Rio de Janeiro, devido à legislação eletoral, que não permite a prisão de candidatos a menos de 15 dias das eleições, a não ser em flagrante.

Inspetor da 73ª Delegacia, em Neves, bairro de São Gonçalo (Região Metropolitana), o policial disputa o cargo com o nome de Jorginho Dias e já havia sido investigado. Nas certidões criminais que entregou à Justiça Eleitoral para a candidatura, consta que ele já respondeu a inquérito por roubo. Sua candidatura foi indeferida, mas ele obteve recurso para continuar concorrendo, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Jorginho Dias foi detido nesta segunda-feira (27) junto com dois colegas, na Operação Traidores, da Polícia Civil. O nome é referência a policiais que passam informações a traficantes, dado conseguido através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Segundo a polícia, os "traidores" informavam aos bandidos quando seriam feitas operações no complexo, um dos principais redutos da facção criminosa Comando Vermelho.

De acordo com a investigação policial, eles também instalavam microcâmeras em caixas eletrônicos de agências e postos bancários, para filmar as operações dos clientes e obter suas senhas.

Deputado estadual Jorge Babu foi demitido da polícia

No dia 16 de setembro, o deputado estadual e candidato à reeleição Jorge Luiz Hauat, mais conhecido como Jorge Babu (PTN), foi demitido do cargo de inspetor de polícia do Rio de Janeiro. Ele responde a processo por formação de quadrilha e concussão (extorsão praticada por funcionário público).

Babu foi eleito deputado estadual em 2006 pelo PT, mesmo partido pelo qual se elegera duas vezes vereador no Rio de Janeiro, em 2000 e 2004, e do qual foi expulso em 2008, ao ser investigado pela CPI da Milícias, da própria Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), que apurou denúncias de políticos ligados ao crime organizado no Estado.



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